Pesquisadores da
A novidade funciona a partir de uma pequena tira flexível com eletrodos que analisa gotas de saliva humana. O custo estimado é de US$ 2,19 (cerca de R$ 12), o que torna a tecnologia acessível. Os resultados foram publicados na revista científica ACS Polymers Au.
Segundo o pesquisador Paulo Augusto Raymundo Pereira, do Instituto de Física de São Carlos (USP), o biossensor é mais rápido e prático do que métodos atuais, como exames de laboratório que exigem equipamentos caros e tempo de processamento. “Quando o nível da proteína está muito baixo, pode servir de alerta para doenças psiquiátricas. Já a detecção de aumento do BDNF pode ajudar a acompanhar a resposta ao tratamento”, explica.
Saúde mental em alerta
Estudos mostram que pessoas saudáveis apresentam níveis de BDNF acima de 20 nanogramas por mililitro (ng/mL), enquanto pacientes com depressão grave podem ter menos de 10 ng/mL. O baixo índice da proteína está relacionado a declínio cognitivo e transtornos mentais.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de 1 bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental. No Brasil, os afastamentos de trabalhadores por problemas como ansiedade e depressão cresceram 134% entre 2022 e 2024, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.
Próximos passos
O grupo agora busca patentear a tecnologia para, no futuro, torná-la disponível no mercado. Os cientistas também trabalham para integrar o biossensor a aplicativos de celular, permitindo que os resultados sejam acompanhados em tempo real por meio de bluetooth.
A pesquisa recebeu apoio da FAPESP e reuniu uma equipe multidisciplinar com especialistas em física, química e biotecnologia.
*Com agências