O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou
Segundo a denúncia, eles são acusados de associação criminosa e de envolvimento em crimes patrimoniais, como roubo de veículos. As investigações apontam que os criminosos clonavam carros roubados para revenda ou vendiam peças em lojas e ferros-velhos.
A dinâmica das ações criminosas envolvia líderes, “batedores” que observavam e alertavam sobre a presença de policiais, “executores” que realizavam os roubos, e membros responsáveis por levar os veículos às comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, sempre com autorização dos chefes locais.
Penas
- Beira-mar: 317 anos
- Marcinho VP: 44 anos
A decisão judicial foi expedida pela 2ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Dos cinco líderes destacados na denúncia, apenas Abelha segue foragido.
O primeiro preso
Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi o primeiro interno do Sistema Penitenciário Federal. O “preso 01” chegou na madrugada do dia 19 de julho de 2006 ao presídio de Catanduvas (PR) e nunca mais saiu da esfera federal. A penitenciária foi construída ao custo de cerca de R$ 20 milhões.
O traficante estava preso na sede da Polícia Federal de Brasília desde 23 de março daquele ano. O pedido de transferência foi feito pelo então Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e autorizado por um juiz da 1ª Vara Criminal de Curitiba, cujo nome não foi divulgado à época por questões de segurança.
Beira-Mar começou no crime ainda menino, de acordo com as autoridades fluminenses. Aos 20 anos, trabalhava para traficantes como “vapor” na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde nasceu. Mais tarde, passou a controlar a favela e, em pouco tempo, se transformou num dos maiores vendedores de drogas no atacado do Brasil.
Arquirrivais
Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, e Márcio dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Marcinho VP, inimigos quando eram chefes do tráfico no Rio de Janeiro, estão no mesmo presídio federal, em Catanduvas (PR), mas não se veem.
Marcinho VP foi apontado pelas autoridades fluminenses como chefe do Comando Vermelho, a maior facção do Rio de Janeiro, e Nem da Rocinha comandava o tráfico na maior favela do Brasil.
Segundo a polícia do Rio, Marcinho VP chefiava as bocas-de-fumo do Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro, foi também condenado por inúmeros crimes, tais como homicídio qualificado, formação de quadrilha, entre outros.