A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza nesta sexta-feira (8), a operação ‘Rota das Sombras’ para desarticular um esquema de transporte clandestino operado pelo
De acordo com as investigações, mototaxistas da região eram obrigados a usar um aplicativo desenvolvido pela facção, chamado ‘Rotax Mobili’. Embora o aplicativo apresente uma aparência comum e funcione como uma plataforma de mobilidade urbana, ele era utilizado para financiar o tráfico de drogas. O sistema contava com mais de 300 mototaxistas cadastrados, gerando um lucro mensal estimado em até R$ 1 milhão para a organização criminosa.
Ao se cadastrar, os motoristas recebiam uma mensagem de áudio que dizia: “O único aplicativo de viagens de carro e moto que passa na barricada e te deixa na porta de casa.”
De acordo com a polícia, áudios com mensagens semelhantes eram divulgados em grupos de WhatsApp comandados por líderes do tráfico, entre eles Alex Silva, que está entre os presos até o momento.
A operação tem como objetivo cumprir sete mandados de prisão. Até o momento, cinco pessoas foram detidas.
Segundo a Polícia Civil, a associação criminosa era estruturada em dois núcleos: um responsável por coagir e controlar os mototaxistas por meio de ameaças e extorsão; e outro encarregado de administrar os valores arrecadados, que eram repassados ao chefe do tráfico local. Para disfarçar as movimentações financeiras, a quadrilha utilizava empresas de fachada.
Os mandados estão sendo cumpridos em residências e estabelecimentos comerciais na Zona Oeste do Rio, em Niterói e em outras cidades da Região Metropolitana e interior do estado.
A operação é coordenada pela 34ª DP (Bangu), com apoio do 2º Departamento de Polícia de Área (DPA), além das equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e dos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE), da Baixada (DGPB) e do Interior (DGPI).