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O que acontece com o aluno que usar celular na escola após proibição por lei? Veja regras

Governo de São Paulo divulgou nova cartilha com orientações e proibições; em Minas Gerais, o governo informou que aguarda as diretrizes do Ministério da Educação (MEC).

Estudantes estão proibidos de utilizar celulares no ambiente escolar após lei no Brasil.

O estado de Minas Gerais ainda não divulgou nenhum documento com regras e orientações sobre a proibição do uso de celulares nas escolas, que com base na lei federal entra em vigor neste ano letivo.

Porém, em São Paulo, a Secretária da Educação do Estado (Seduc-SP), publicou uma cartilha específica com as regras e orientações. O documento sugere formas de armazenamento dos aparelhos, incentivos as campanhas para desencorajar o uso de celulares e medidas disciplinares em caso de descumprimento das regras.

O que acontece caso o aluno uso o celular em sala?

Em SP, a Seduc informou no documento, que caso o estudante use o celular durante as aulas, o professor deve comunicar a gestão e que tomará as medidas cabíveis, incluindo recolher o dispositivo.

Além disso, o aluno irá assinar um documento sobre as condições do aparelho e a ocorrência será registrada no aplicativo Conviva SP. Vale destacar, que o aparelho é devolvido para o estudante no mesmo dia, no fim do período de aula.

Caso o aluno descumpra as regras ou reincidência, o que acontece?

Em caso de reincidência, o estudante será encaminhado para conversa na direção da unidade de ensino. Se o comportamento persistir, os pais ou responsáveis do aluno serão convocados para uma reunião.

O primeiro passo, segundo a Seduc, é com a gestão escolar.

Caso a situação persista, o conselho tutelar pode ser acionado. Em casos extremos, o colégio pode envolver a rede protetiva, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e a Unidade Básica de Saúde (UBS).

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O Conselho Tutelar pode ser acionado?

O Conselho Tutelar poderá, sim, ser acionado, caso os pais ou responsáveis não compareçam à reunião sem justificativa.

Conscientização aos alunos

Uma das ações indicadas pela Seduc-SP é de apoio psicossocial, em decorrência da dependência dos dispositivos eletrônicos, com acompanhamento psicológico e campanhas de conscientização e sensibilização. A recomendação é que as escolas realizem ações como palestras, com especialistas em saúde mental, materiais educativos, rodas de conversa e envolvimento dos pais.

As instituições de ensino também devem disponibilizar suporte psicossocial, com apoio de especialistas na área de psicologia, para a adaptação dos estudantes às novas regras.

O documento também afirma que as escolas devem adotar um plano de ação para desencorajar o uso dos celulares desde o primeiro dia de aula. As regras devem ser amplamente divulgadas aos estudantes. A lei proíbe o uso de celular não só nas aulas, mas também nos intervalos, recreios e atividades extracurriculares.

As escolas devem ter um local, como armários ou caixas, para que os alunos que optarem por levar o celular armazenem o aparelho. Ele deve estar em algum lugar inacessível. As escolas devem avisar aos pais e responsáveis que não se responsabilizam por eventuais extravios ou danos aos aparelhos.

Cartilha em Minas Gerais

Questionados pela reportagem, o Governo de Minas informou que aguarda as diretrizes do Ministério da Educação (MEC). “No entanto, em paralelo, a pasta está discutindo tecnicamente a melhor forma de implementação da nova legislação e enviará, em breve, as orientações iniciais sobre o assunto para a rede estadual de ensino”.

Conforme a Secretaria de Educação de Minas, é “importante ressaltar que, em Minas Gerais, a utilização de celulares nas escolas da rede pública estadual é regulamentada pela Lei Estadual nº 23.013, de 2018, que permite o uso dos aparelhos em salas de aula, desde que utilizados exclusivamente para fins pedagógicos e assuntos relacionados ao contexto educacional, sob supervisão dos docentes”, disse por meio de nota.

Vale lembrar, que o ano letivo da rede estadual de Minas Gerais começa no dia 10 de fevereiro.


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.