A técnica que assinou um dos exames de HIV com resultados incorretos se entregou à polícia na tarde desta terça-feira (15). Jacqueline Iris Bacellar de Assis, de 36 anos, chegou na Delegacia do Consumidor, na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio acompanhada dos dois advogados.
Jacqueline estava foragida desde segunda-feira (14), quando foi emitido um
mandado de prisão temporária para ela e outros envolvidos no caso. Ela foi a terceira presa no caso.
Ao todo,
seis pessoas foram infectadas com o vírus HIV após receberam órgãos transplantados, devido aos resultados de exames com “falsos-negativos” para sorologia de HIV apresentados pelo laboratório PCS Lab Saleme. Segundo a polícia,
os administradores do laboratório visavam obter lucro.
É o nome de Jacqueline que aparece na assinatura dos laudos destes exames incorretos, junto à informação de que ela seria biomédica. Porém, o número de registro utilizado na assinatura eletrônica pertence a outra pessoa.
Jacqueline Iris Bacellar de Assis usou o carimbo com registro profissional de outra pessoa e liberou o laudo dos órgãos de uma paciente de 40 anos. Ela estava infectada com HIV e três pacientes foram infectados.
A portadora do registro no Conselho Regional de Biomedicina é Júlia Moraes, que não exerce mais a profissão e está com o cadastro inativo desde junho de 2023.
Outros presos no caso
Na manhã da última segunda-feira (14), o
sócio principal do laboratório, Walter Vieira, e o técnico contratado para fazer a análise do material, Ivanilson Fernandes, foram presos em uma operação deflagrada pela Delegacia do Consumidor (Decon). Um quarto funcionário ainda é considerado foragido.
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