A Justiça de Pernambuco revogou o pedido de prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, na tarde desta terça-feira (24). A decisão judicial foi feita pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Além de revogar o mandado de prisão contra o artista, o magistrado também suspendeu a apreensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo, bem como de eventual porte de arma de fogo do sertanejo.
Agora, o sertanejo vai responder em liberdade ao processo em que é investigado por lavagem de dinheiro associado a jogos de azar. O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão também foi o magistrado que concedeu liberdade a influenciadora Deolane Bezerra.
Mais cedo, ainda nesta terça-feira, o cantor teve o pedido de habeas corpus negado pelo desembargador Ricardo Paes Barreto, da 4ª Câmara Criminal de Recife. Na decisão, o magistrado argumentou que o pedido de revogação da prisão do cantor não era urgente.
Ordem de prisão
O Tribunal de Justiça de Pernambuco decretou a prisão preventiva de Gusttavo Lima por lavagem de dinheiro associada ao jogo do bicho e a jogos de azar, como apostas esportivas e cassinos online. Segundo a decisão judicial, expedida pela juíza Andrea Calado da Cruz, o cantor tem uma relação financeira suspeita com os investigados e os ajudou a fugir da polícia.
No início do mês, o cantor viajou para a Grécia na companhia de dois suspeitos de participar do esquema de jogos ilegais. Segundo a magistrada, na volta, o avião de Gusttavo teria deixado ambos no exterior.
“No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça.”
Acusações contra o cantor
Dois pontos principais pesam contra Gusttavo Lima na decisão da Justiça de Pernambuco:
- Suspeita de ter dado guarida a foragidos: A investigação aponta que, durante uma viagem à Europa, o cantor teria levado pessoas foragidas da justiça para sua festa de aniversário na Grécia. Na volta, teria deixado essas pessoas na Espanha, demonstrando possível conivência com a criminalidade.
- Ocultação de bens e dinheiro: A justiça também menciona a suspeita de ocultação de bens e dinheiro proveniente dos jogos de internet, as chamadas ‘bets’. A investigação aponta uma movimentação financeira de mais de 9 milhões de reais e relações com os donos da ‘Vai de Bet’.
As autoridades brasileiras estão em contato com as autoridades dos Estados Unidos para determinar os próximos passos do caso. Por ora, o processo corre sob segredo de justiça, limitando as informações disponíveis ao público.