Nesta terça-feira (24), a defesa de Lourival Correa Netto Fadiga, assassino confesso de Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, apontou o marido da vítima, Benjamin Herdy, como o mandante do crime. A mulher foi
A Itatiaia entrou em contato com João Vitor Ramos, advogado do viúvo, que afirmou que a declaração de Lourival Correa Netto Fadiga “se trata de mais um ato de desespero e de crueldade”. O comunicado também afirma que é “falsa a imputação pública de crime a Benjamin”. Confira abaixo a nota na íntegra.
A advogada de defesa do réu confesso, Flávia Froes, apresentou um bilhete escrito a mão por Lourival, também conhecido como “Gordo” ou “Fatica”, com a declaração de que matou Anic Herdy a mando do marido dela.
No documento, o homem afirma: “Eu, Lourival C. N. Fatica, declaro que o Benjamin Cordeiro Herdy me mandou matar sua esposa, Anic Herdy, e que a compensação financeira é mera cortina de fumaça.” Confira:
“Eu, Lourival C. N. Fatica, declaro que o Benjamin Cordeiro Herdy me mandou matar sua esposa, Anic Herdy, e que a compensação financeira é mera cortina de fumaça”, escreveu o assassino confesso.
A advogada Flávia Froes afirmou também que a localização do corpo será revelada pelo assassino confesso em uma audiência de Justiça nesta quarta-feira (25). O corpo estaria enterrado e concretado na região serrana do Rio de Janeiro.
Ao ser questionada sobre a motivação do crime, a defesa disse que “quem pode dizer é o próprio Benjamin” e que a motivação de Lourival Fadiga seria o pagamento de R$ 4 milhões que recebeu.
O professor Benjamim Cordeiro Herdy, de 78 anos, e a advogada
Segundo informações do UOL, ele também é sócio de outras empresas: o Hotel Fazenda Casarão da Afetiva, em Silva Jardim (RJ), e a Herdy Incorporações e Participações, do ramo imobiliário. Ao lado de Anic, ele também é sócio da Lanic Consultoria e Serviços, empresa de Teresópolis (RJ) especializada em desenvolver profissionais.
Relembre o caso
Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, foi sequestrada e morta em 29 de fevereiro deste ano por Lourival Correa Netto Fadiga, que confessou o crime. Vinte dias após o desaparecimento, Lourival, os dois filhos e uma mulher, apontada como amante dele, foram presos acusados de extorsão mediante sequestrado. Em 30 de agosto, o homem confessou o crime e pediu a libertação de seus filhos e da suposta amante.
Defesa de Benjamin Herdy se pronuncia
“Em relação à 2ª entrevista coletiva convocada e prestada pela defesa de Lourival, a família de Anic entende que se trata de mais um ato de desespero e de crueldade.
Diante do óbvio e inevitável fracasso em tentar imputar a responsabilidade à própria vítima, tese que tentou emplacar quando do início das investigações, Lourival novamente altera a sua versão e agora, após a conclusão
das investigações, adota a patética estratégia de desestabilizar Benjamim e Lara, que em breve serão ouvidos em declarações na instrução criminal, ao atribuir a autoria ao marido da vítima.
Como se observa, retirar a vida de Anic não satisfez Lourival. A dor e o sofrimento do marido e dos filhos da vítima também não foram suficientes. Acuado pelo iminente início da instrução processual, que certamente culminará na sua condenação, assim como de todos os indiciados pela autoridade policial e denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Lourival utiliza o holofote proporcionado pela repercussão do caso para se promover e para prosseguir na missão de destruir aquilo que nunca foi capaz de alcançar em sua vida e que sempre invejou em Benjamim, Anic, Nickolas e Lara: A união e o amor de uma família.
Lamentavelmente, essa empreitada conta com o apoio da defesa, que deveria se limitar ao aspecto técnico. Talvez acreditando que o exercício do inafastável direito de defesa lhe confere imunidade absoluta, Lourival, por intermédio dos seus procuradores, há muito pratica reiterados abusos e excessos, incluindo-se, a toda evidência, a falsa imputação pública de crime a Benjamim.
Embora a emoção e a impulsividade reclamem resposta à altura, a família de Anic e seus advogados seguirão firmes no respeito ao devido processo legal, sempre observando o sigilo do processo criminal e, principalmente, atuando e dialogando nos estritos limites institucionais. Portanto, como consequência das declarações formuladas na entrevista coletiva em questão, Lourival e seus procuradores serão demandados na esfera cível, criminal e disciplinar.
No mais, a família de Anic segue acreditando no Poder Judiciário e, principalmente, na minuciosa investigação conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que há meses identificou e denunciou os efetivos responsáveis pelo assassinato de Anic.
Petrópolis, 24 de setembro 2024. João Vitor Ramos (OAB/RJ n. 224.566)”