A família de Édson Davi, criança de sete anos que desapareceu em 4 de janeiro na praia da Barra da Tijuca, zona oeste no Rio de Janeiro, contratou uma investigação particular para apurar a tese de afogamento indicada pela Polícia Civil.
Marize Araújo, mãe do menino desaparecido, afirma estar inconformada com a investigação ainda sem solução e pede que a Polícia Federal participe do caso.
Esta quinta-feira (4) marca A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) continua investigando o caso, acompanhada do Ministério Público.
O advogado João Tancredo, que representa a família, entregou um relatório aos investigadores nessa semana junto a uma petição que pede que o documento particular seja incluído no inquérito policial.
A apuração do escritório contratado pela família ouviu 17 testemunhas e, entre as que estavam presentes no dia do desaparecimento, todas afirmam que não viram o menino entrar no mar.
“Esperamos que a polícia não encerre o inquérito sem exaurir todas as provas e ouvir as testemunhas, porque pode ser prematuro. Não é possível realizar uma investigação sem analisar todas as hipóteses. E ele ter sido levado por alguém é uma hipótese bem forte”, enfatizou.
O investigador Raúl Ábacus, que conduziu a apuração particular,. “Todas as pessoas com quem conversamos afirmam que Davi tinha medo de entrar no mar e que, mesmo quando acompanhado de um adulto, não se permitia mergulhar”.
“Acredito que meu filho está vivo. Foi desumano o que fizeram comigo, uma mãe que afirma desde o primeiro dia que meu filho foi raptado e nunca me deram ouvidos”. E completa: “Peço ajuda da Polícia Federal para que entre na investigação e ao Ministério Público para que faça justiça pela vida do meu pequeno Davi”.
Ela ainda diz que as testemunhas que viram a criança logo antes do desaparecimento “não foram chamadas para prestarem depoimento com dignidade e respeito”.
A família de Edson Davi realiza uma manifestação nesta quinta-feira (4), às 11h, na praia da Barra da Tijuca, onde o menino foi visto pela última vez, pedindo esclarecimentos sobre o caso.
O que diz a polícia
A Polícia Civil informou à CNN, em nota, que diversas linhas de investigação foram consideradas e todas as denúncias foram apuradas, até em outros estados do país.
Os agentes policiais analisaram imagens de 13 câmeras de segurança na orla que mostram o menino na barraca de seu pai. A corporação afirma que não há evidências de que ele teria saído da praia.
De acordo com a polícia, uma testemunha narrou que viu o menino entrar no mar por três vezes. Outra testemunha ainda relatou que, anteriormente, Davi teria pedido uma prancha emprestada para entrar na água, mas não atendeu ao pedido porque o mar estava revolto.
Outro homem, que trabalha com o pai da criança desaparecida, afirmou em depoimento aos investigadores que também teria pedido para o menino sair da água, tendo em vista as condições do mar.
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