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Tatuagem em dupla e futebol juntos: Homem é preso suspeito de matar amigo por R$ 7 mil no RJ

Caio da Silva Rondão, de 21 anos, desapareceu no início de fevereiro; polícia e parentes acreditam que corpo encontrado na Baixada Fluminense seja do jovem

Corpo foi encontrado em São João do Meriti, na Baixada Fluminense

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se o corpo encontrado em uma obra em São João do Meriti, na Baixada Fluminense, é do vendedor Caio da Silva Rondão, de 21 anos. Um pedreiro encontrou, na terça-feira (10), o saco onde estavam os restos mortais que seriam do jovem. Na quinta-feira (13), Wesley da Silva Alves de Souza, amigo da vítima, foi preso em flagrante por ocultação de cadáver. As informações são do G1.

Caio desapareceu na sexta-feira de Carnaval. Ele trabalhava em uma loja de peças de moto e não voltou para casa. A família chegou a receber mensagens do celular do jovem dizendo que ele estava no bairro da Penha, na Zona Norte da capital. Depois, o mesmo celular dizia que ele estaria em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. A família fez buscas nos locais indicados por quatro meses, sem sucesso.

A polícia e a família de Caio acreditam que os restos mortais encontrados são do jovem. A perícia fez exames de DNA para confirmar a identidade, mas o resultado só sairá em 40 dias. Segundo os investigadores, o corpo foi localizado próximo a casa de Wesley. Testemunhas afirmam que ele tentou fugir após o pedreiro encontrar o cadáver.

“Quando o amigo [Wesley] viu, saiu correndo. Quando esse pedreiro foi chamar o meu irmão, ele viu, pegou o corpo no saco e subiu os telhados. Não conseguiu fugir com o saco, largou no telhado e foi fugindo pelas casas”, disse Aline Machado, prima da vítima, ao G1.

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Suspeito era amigo da vítima

O delegado Renato Martins afirma que Caio e Wesley tinham uma relação próxima. “Eles eram amigos, amigos bastante próximos. Chegaram a fazer uma tatuagem em conjunto, viviam junto, saíam junto, jogavam bola juntos, assistiam futebol juntos e infelizmente é essa tragédia”.

Após tentar fugir, os investigadores localizaram o suspeito na casa de parentes em Belford Roxo. Ele foi preso em flagrante por ocultação de cadáver. Outros dois suspeitos são procurados.

Família acredita que R$ 7 mil motivaram o crime

A família acredita que Caio tenha sido morto por causa de R$ 7 mil. Segundo parentes, o jovem tinha trocado de emprego pouco antes de desaparecer. Ele tinha R$ 7 mil referentes a rescisão do antigo trabalho e ao salário do novo. Eles afirmam que a quantia sumiu após o crime.

“Ele devia ter uns 7 mil. E tinha falado pros colegas dele que ia gastar no carnaval e sumiu justamente na sexta-feira de carnaval. O que eu mais temia era algo tão cruel”, lamentou a prima.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.