A cidade de São Paulo já registrou 105 casos de coqueluche em 2024. Diante do aumento significativo a prefeitura, por meio da Seretaria Municipal de Saúde (SMS), emitiu um alerta aos serviços de saúde públicos e privados da capital.
Segundo a secretaria, o número é 7,5 vezes maior que o total de registros de 2023, quando a capital paulista teve 14 diagnósticos para a doença, e é o maior desde 2017, quando foram confirmados 121 casos. Nenhum óbito foi registrado até agora no município.
De acordo com a nota enviada pela Secretaria Municipal da Saúde “o alerta emitido pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) aos serviços de saúde públicos e privados da capital tem o objetivo de atualizar o cenário epidemiológico da doença e, sensibilizar os profissionais em relação aos sintomas respiratórios com tosse persistentes por mais de 14 dias, principalmente, nessa nos períodos de frio onde há maior risco de transmissão de doenças respiratórias”, descreve a pasta.
A SMS reforça que a coqueluche não é erradicada, portanto tem sua circulação no país, o que reforça a importância de manter a vacinação atualizada. O tratamento é feito com antibióticos e está disponível nos serviços de saúde da cidade.
Na capital paulista, entre 2014 e 2023, foram notificados 5.780 casos residentes suspeitos de coqueluche, sendo que 20,3% (1.173) dos casos foram confirmados. Entre todos os casos confirmados de coqueluche (1.773), os menores de 1 ano de idade, representaram 65,04% (763/1173) dos casos. Em 2023 foram notificados 122 casos em residentes e com 1 caso confirmado em menor de 1 ano.
A doença
A coqueluche é transmitida principalmente através de gotículas de secreções da orofaringe eliminadas pela fala, a tosse e o espirro. Portanto, a etiqueta respiratória, como cobrir a boca ao tossir, a higiene das mãos e o uso de máscaras pelos doentes são medidas de prevenção a serem observadas. Já o tratamento, com antibióticos, está disponível nos serviços de saúde da cidade.
A imunização é a principal medida de prevenção da doença, por isso, a SMS reforça a importância de se manter a vacinação atualizada. As vacinas penta – vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) – e tríplice bacteriana (DTP) devem ser aplicadas em crianças, mesmo quando os responsáveis refiram história da doença.
Na rotina dos serviços de saúde, a vacina penta é indicada em 3 doses, para crianças menores de 1 ano de idade. As doses são aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, com duas doses de reforços com a vacina DTP, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Para as gestantes é indicada a vacina acelular do tipo adulto (dTpa), devendo ser administrada a cada gestação, a partir da 20ª semana de gestação.