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Entenda o que é a cirurgia na mandíbula feita por estudante de medicina que ficou em estado vegetativo

Presidente do Conselho Nacional de Odontologia, Raphael Castro Mota explica o que é e para que serve procedimento feito por estudante de medicina

Estudante de Medicina está em estado vegetativo um ano após cirurgia na mandíbula | CNN Brasil

Aos 30 anos, em 2023, a estudante medicina Larissa Moraes de Carvalho passou por uma cirurgia ortognática, teve uma parada cardiorrespiratória e, desde então, está em estado vegetativo. Em entrevista à Itatiaia, o presidente do Conselho Nacional de Odontologia, Raphael Castro Mota, detalhou para que serve o procedimento cirúrgico e quais são os riscos dele.

O que é a cirurgia ortognática?

É um procedimento cirúrgico avançado que consiste na soltura das maxilas e no corte da mandíbula, reposicionando-as na face do paciente.

Para que serve a cirurgia ortognática?

Mota informa que a cirurgia ortognática é indicada para corrigir problemas de posicionamento entre a maxila e a mandíbula. “Normalmente ela é aplicada em casos em que há o crescimento exacerbado da maxila ou da mandíbula, o que dificulta o dia a dia do paciente”, informa.

Ele esclarece que os pacientes podem ter dificuldades funcionais associada a má formação, ou também podem optar pela cirurgia devido a questões estéticas. "[a cirurgia] é fundamental quando é necessário fazer uma correção de problema articular, porque a oclusão é um problema que incomoda. Ela dificulta na mastigação, na deglutição”, pontua.

Como o paciente deve preparar para essa cirurgia?

“O preparo do paciente é todo baseado nos requisitos para uma cirurgia de alta complexidade hospitalar. Então, ele deve realizar um pré-operatório bem feito, risco cardíaco e todos os outros exames pré-operatórios”, esclarece.

Quais cuidados devem ser tomados pelos profissionais na hora de realizar o procedimento?

De acordo com o profissional, a cirurgia ortognática é um procedimento avançado e que sempre deve ser feito em ambiente hospitalar, utilizando anestesia geral e acompanhamento de equipe médica e odontológica. “Esse procedimento é normalmente indicado quando outras alternativas já foram tentadas, principalmente, na área da ortodontia”, pontua.

Como é a recuperação do paciente?

Mota explica que a cirurgia ortognática costuma ter uma recuperação mais demorada porque ela envolve a parte óssea. “Como normalmente é seccionado o osso da maxila e da mandíbula e reposicionado com placas e parafuso, é comum que a recuperação seja lenta e gradual”, informa.

O profissional acrescenta, que, inclusive, é comum que os pacientes demorem algum tempo até possam mastigar novamente.

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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento