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Delegado diz que morto levado para tirar empréstimo no Rio de Janeiro tinha ‘aparência de cadáver’

Mulher levou o idoso, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, até uma agência bancária em Bangu, na Zona Oeste do Rio, para tentar sacar um empréstimo no valor de R$ 17 mil

O idoso morto que foi levado pela sobrinha para fazer um empréstimo em uma agência bancária do Rio de Janeiro tinha “aparência de cadáver”, afirmou o delegado Fábio Luiz, responsável pelo caso. A mulher foi detida e passou a madrugada desta quarta-feira (17) na 34ª DP de Bangu, no Rio.

Érika de Souza Vieira Nunes levou o idoso, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, até uma agência bancária em Bangu, na Zona Oeste do Rio, para tentar sacar um empréstimo no valor de R$ 17 mil. Funcionários do local filmaram a mulher com o idoso, já que ficaram desconfiados.

Ela tentava forçar o cadáver a assinar o documento. “Paulo, tá ouvindo? Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor. O que eu posso fazer eu faço”, dizia. Ela segurou a cabeça do cadáver várias vezes para que não caísse.

O idoso já estava morto há algumas horas, segundo o delegado. A mulher acabou sendo detida e levada à delegacia. Ela afirmou que era sobrinha e que cuidava dele. A defesa dela, no entanto, afirma que o homem estava vivo e passou mal ao chegar no banco.

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Entenda

Uma mulher foi detida nessa terça-feira (16) em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, após levar um cadáver em uma cadeira de rodas para tentar retirar um empréstimo no valor de R$ 17 mil em uma agência bancária.

A ação de Érika de Souza Vieira Nunes foi flagrada por funcionários do banco, que suspeitaram da atitude da mulher. A polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência também foram acionados, e foi constatado que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto.

Segundo Fábio Luiz, delegado responsável pelo caso, o homem já estava morto há algumas horas. A defesa de Érika, no entanto, nega e afirma que o idoso começou a passar mal dentro do banco.

Ela ficou detida durante toda a madrugada dessa quarta-feira (17) na 34ª DP em Bangu, e deve passar por audiência de custódia. Ela pode responder por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver, sem direito a fiança.


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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.
Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.