Testemunha diz que motorista de Porsche bebeu ‘alguns drinks’ e estava ‘alterado’ antes do acidente

Motorista por aplicativo morreu na batida, no domingo de Páscoa, na Zona Leste de São Paulo

Empresário que dirigia o Porsche acidentado em SP se apresenta à polícia | CNN Brasil

Em depoimento à Polícia Civil, a namorada do amigo que estava com o motorista do Porsche Fernando Sastre Filho, de 24 anos, afirmou que o rapaz bebeu “alguns drinks” e que ele estava “um pouco alterado” antes do acidente. Fernando Filho também discutiu com a namorada dele na saída de uma casa de pôquer. Os casais estavam juntos no local.

O depoimento de Juliana de Toledo Simões, de 22 anos, aconteceu na quinta-feira (4). Ela é namorada de Marcos Vinícius Machado Rocha, que estava com Fernando no Porsche e ficou ferido. No acidente, o motorista por aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, morreu. O carro dele foi atingido na traseira pelo Porsche, que estava em alta velocidade.

Segundo depoimento da jovem, os casais jantaram em um restaurante do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, mesmo bairro onde aconteceu o acidente. No local, ela disse que todos ingeriram bebidas alcoólicas no local.

De lá, o grupo foi para uma casa de pôquer. No local, que funciona no esquema open bar, ela disse não se lembrar se o motorista do Porsche bebeu. Também na casa de pôquer, houve uma discussão entre Fernando Filho e a namorada. O rapaz não aceitou que outra pessoa dirigisse seu carro.

Motorista do Renaut Sandero morreu no acidente

Pela versão da testemunha, os dois rapazes foram levar o Porsche para casa e depois as jovens, que estavam em outro veículo, buscariam Marcus Vinícius na casa de Fernando Filho. No trajeto, aconteceu o acidente que matou o motorista por aplicativo. As jovens foram até o local da batida.

O acidente aconteceu por volta das 2h20, do domingo (31). Câmeras de segurança flagraram o Porsche batendo na traseira do Sandero. O motorista do veículo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Fernando Filho deixou o local do acidente com ajuda da mãe e não fez o teste do bafômetro.

Uma outra testemunha já tinha afirmado à Polícia Civil que o motorista do Porsche apresentava sinais de embriaguez, cambaleava e tinha fala pastosa. Quando se apresentou à polícia, Fernando Filho negou ter bebido e admitiu que estavam “um pouco” acima do limite de velocidade da via, que é de 50 km/h.

Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio doloso, quando há intenção de matar, lesão corporal e fuga do local do acidente. Fernando Filho está em liberdade, visto que a Justiça negou o pedido de prisão temporária feito pela Polícia Civil. A defesa dele alega que o acidente foi uma “fatalidade”.

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