Os três presos pela Polícia Federal neste domingo na operação Murder Inc., que tem como alvos os mentores intelectuais do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, serão transferidos ainda neste domingo para Brasília.
Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil; Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e Rivaldo Barbosa, delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, serão levados a uma penitenciária federal em Brasília.
Após serem presos, os três foram levados à sede da Superintendência de Polícia Federal no Rio de Janeiro. A informação é de que a transferência para Brasília deve ser feita em aeronave da PF neste domingo.
Informações da CNN dão conta de que malotes com documentos apreendidos na operação deste domingo (24) foram levados também à sede da PF.
Defesa
O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos Brazão, falou à imprensa na porta da superintendência da PF no Rio neste domingo (24). Ele nega envolvimento do cliente com o crime.
“Ele não conhecia Marielle, não tinha nenhuma ligação com Marielle e agora cabe à defesa provar que ele é inocente”, disse. “Estamos surpresos, tenho certeza absoluta de que ele é inocente e não tem ligação com o crime”, completou.
Posteriormente ele divulgou nota, que segue na íntegra abaixo:
Domingos Brazão, que desde o primeiro momento sempre se colocou formalmente à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos que entendessem necessários, foi surpreendido neste domingo (24) pela determinação do Supremo Tribunal Federal. Em tal contexto, reforça a inexistência de qualquer motivação que possa lhe vincular ao caso e nega qualquer envolvimento com os personagens citados, ressaltando que delações não devem ser tratadas como verdade absoluta — especialmente quando se trata da palavra de criminosos que fizeram dos assassinatos seu meio de vida — e aguarda que os fatos sejam concretamente esclarecidos.
Alexandre Dumans, advogado de Rivaldo Barbosa, disse que “não tem participação de crime nenhum, pelo contrário. Foi exatamente durante a administração dele, ou pouco antes, mas com o caldo das investigações produzidas pela administração dele, que o Ronnie Lessa foi preso. O GAECO se louvou das informações fornecidas pela polícia e foram essas informações que levaram e conduziram à prisão do autor do disparo, do Ronnie Lessa”.
O advogado de Chiquinho Brazão ainda não se manifestou.