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‘Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro’, diz Marcelo Freixo sobre prisão de Rivaldo Barbosa no caso Marielle

Barbosa era chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro quando Marielle Franco foi assassinada

Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur

Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur e relator da CPI das Milícias no Rio de Janeiro, fez uma publicação no X sobre a prisão dos suspeitos de mandar matar Marielle Franco:

“Foi para Rivaldo Barbosa que liguei quando soube do assassinato da Marielle e do Anderson e me dirigia ao local do crime. Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”, disse.

“Foram 5 delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar. Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso. Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam.”, ressaltou.

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Vídeo

Em vídeo publicado no Instagram, Freixo afirma que “hoje temos a previsão de quem matou, quem mandou matar e quem não deixou investigar”. Veja toda a fala do ex-deputado federal:

Operação

A Polícia Federal deflagrou uma operação neste domingo (24) para prender os mandantes do assassinato de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, e Anderson Gomes, motorista. Foram cumpridos três mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão na operação.

Os três presos, suspeitos de serem os mandantes do assassinato, são: Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio. Os nomes foram apurados pela CNN.

A operação ocorre pouco depois da homologação da delação premiada de Ronnie Lessa, o executor do crime, pelo Ministro Alexandre de Morais, do STF.

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Coordenadora de jornalismo digital na Itatiaia. Jornalista formada pela UFMG, com mestrado profissional em comunicação digital e estratégias de comunicação na Sorbonne, em Paris. Anteriormente foi Chefe de Reportagem na Globo em Minas e produtora dos jornais exibidos em rede nacional.