O número de assassinatos no Brasil caiu 4% em 2023 em relação ao ano anterior e chegou a menor taxa da série histórica, segundo dados do Monitor da Violência. No entanto, Minas Gerais registrou alta.
Foram identificadas 39,5 mil mortes violentas em 2023, o que representa a terceira queda consecutiva da taxa de homicídios no Brasil. O índice de assassinatos por 100 mil habitantes caiu para 19,4 em 2023 - eram 20,3 em 2022.
Em 2022, foram registradas 41,1 mil mortes, seguido pelo ano de 2022 com 42,2 mil. As taxa de 2023 representa a menor registrada pelo Monitor da Violência, desde 2007.
O maior número já registrado pelo índice foi em 2017, com um total de 59,1 mil mortes violentas.
O estudo é uma parceria entre o portal G1, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP).
A pesquisa leva em consideração as vítimas de homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Mortes decorrentes de violência policial não são consideradas.
O levantamento aponta que a queda de 4% no Brasil foi puxada pelos estados de São Paulo, Pará e Bahia - que, juntos, respondem 53% das 1.648 mortes a menos registradas em 2023.
O estado de São Paulo segue com o menor índice de mortes por 100 mil habitantes, com 6,7 mortes. A taxa representa um recuo em relação ao 7,1 registrados em 2022.
Confira todos os dados do levantamento feito pelo Monitor da Violência no Brasil:
Alta
Dos 26 estados do Brasil, mais o Distrito Federal, apenas cinco registraram alta no número de mortes: Amapá, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e Rio de Janeiro.
Dentre eles, o Amapá é o estado com maior aumento percentual de assassinatos, com uma alta de 49,5% em 2023, subindo de 222 para 332 mortes.
Somando as mortes nos cinco estados, 35% das mortes aconteceram no Rio de Janeiro. A alta no estado vem após cinco anos consecutivos de queda.
Ao todo, o estado fluminense registrou 3.388 mortes em 2023 - uma diferença de 411 mortes com São Paulo, o estado “mais seguro” do Brasil.
* Com informações da CNN