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Abertura de CPI contra padre Júlio Lancellotti será votada em plenário na Câmara de SP

Na terça (5), líderes se reuniram a portas fechadas sobre o assunto

Padre Júlio Lancelotti é famoso por ações sociais em São Paulo

A abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o padre Júlio Lancellotti será decidida em plenário da Câmara de São Paulo. A definição foi acertada na terça-feira (5), em reunião a portas fechadas entre os líderes partidários.

Em nota, a Casa informou que “face às provas apresentadas em relação ao padre Júlio Lancellotti, foi definido por maioria dos líderes o prosseguimento da CPI protocolada pelo vereador Rubinho Nunes (União)”.

O Legislativo, no entanto, não detalhou quais são as provas e também não definiu qual será o objeto da investigação.

“Até a próxima reunião do Colégio de Líderes será definido o escopo da apuração (objeto da investigação) para, então, o pedido de CPI ser apresentado ao Plenário”, diz a nota.

Em plenário, serão necessários 28 dos 55 votos para ser aprovada a abertura da CPI contra o religioso.

Ainda segundo o comunicado da Câmara, o presidente do Legislativo, vereador Milton Leite (União Brasil), vai pedir acompanhamento da CPI por parte do Ministério Público e da Polícia Civil.

Denúncias

O vereador Rubinho levou ao encontro dos líderes um novo relato que tenta relacionar as denúncias contra o padre a ONGs, que inicialmente eram alvos da CPI.

O novo relato seria de um homem que teria sido assediado em uma ONG e que teria mantido relações sexuais com o religioso em troca de dinheiro para comprar drogas. Não foram apresentadas provas até o momento.

Outra denúncia, já conhecida, trata de um vídeo em que supostamente o padre aparece em uma chamada com um menor de idade em conversa de teor sexual, que teve investigações arquivadas pelo Ministério Público e pela Arquidiocese de São Paulo por falta de provas.

A terceira denúncia, que está sendo apurada pela Igreja Católica, trata de um relato de um homem que, aos 11 anos, teria recebido carícias indevidas do padre na sacristia. Este homem já prestou depoimento à Arquidiocese sobre o caso.

A defesa do padre afirma que ele é inocente e que a CPI se trata de ataques políticos em ano eleitoral devido à atuação do padre junto às pessoas em situação de rua. O padre comanda a Pastoral do Povo de Rua de São Paulo.

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