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Casal é investigado por usar fotos de crianças com câncer para criar falsas vaquinhas

Os estelionatários usavam imagens de crianças reais, que passam por tratamento de câncer, mas com perfis falsos

Um casal suspeito de usar fotos de crianças com câncer para criar falsas vaquinhas online está sendo investigado pela 10ª Delegacia de Polícia, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Uma das vaquinhas falsas pedia dinheiro para curar Laura, de 5 anos, afirmando que a menina sofre com um tumor nos olhos. Em uma das postagens, a suposta mãe da criança dizia que a cirurgia da criança tinha sido um sucesso, mas que a família precisava de mais dinheiro.

“Serão muitos gastos, 20 sessões de radioterapia, medicação que o hospital não fornece. Se puderem mais uma vez entrar na corrente do bem e dar um RT. Todo valor é bem-vindo”, dizia o post.

A farsa rendeu mais de R$ 34 mil em doações aos golpistas, que usavam o dinheiro para gastar com viagens.

A criança que aparece nas fotos, na verdade, é gaúcha, tem 8 anos, luta contra um tumor atrás dos olhos a atualmente faz tratamento, pelo SUS, na cidade de Aracaju, no estado do Sergipe.

O esquema criminoso foi descoberto pela irmã de um dos denunciados. Ela descobriu que o irmão e a cunhada criaram um perfil falso no Instagram, denominado “todos_pelalaura”, em que exibiam fotos da criança com o nome falso, e por meio do qual pediam dinheiro para o tratamento.

Ainda segundo a irmã, o casal chegou a postar no falso perfil um atestado médico com o nome e número do CRM, com assinatura falsificada de uma oncologista, atestando a doença da criança.
Tanto a família da criança real, de quem usaram as imagens, quanto a oncologista que teve os dados usados no falso laudo, registraram queixa na polícia. Até agora, apenas o casal foi indiciado, mas a polícia investiga a participação de outros envolvidos no esquema.

Segundo a polícia, o casal, investigado pelo crime de estelionato, foi ouvido na delegacia. Testemunhas que fizeram doações para a campanha também prestaram depoimento. Diligências estão sendo realizadas para esclarecer os fatos. A delegacia solicita, ainda, que possíveis vítimas da dupla procurem a unidade policial e registrem ocorrência.

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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.
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