Arquidiocese de SP repudia proposta de CPI contra padre Júlio Lancelotti

Vereador propôs investigação contra ONGs que atuam na Cracolândia

Padre Júlio Lancelotti é famoso por ações sociais em São Paulo

A Arquidiocese de São Paulo repudiou nesta quinta-feira (4), por meio de nota oficial, a proposta de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara da capital paulista para investigar ONGs que fazem assistência a pessoas em situação de rua na região da Cracolândia e também a atuação do padre Júlio Lancelotti. Ele coordena a Pastoral do Povo de Rua de São Paulo.

No comunicado, a Arquidiocese informou que acompanha “com perplexidade as recentes notícias veiculadas pela imprensa sobre a possível abertura de uma CPI que coloca em dúvida a conduta do Padre Júlio Lancellotti no serviço pastoral à população em situação de rua”.

“Perguntamo-nos por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?”, questiona.

O comunicado destacou ainda que o padre exerce “importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de na cidade”.

Lancelotti se manifestou, também por meio de nota, dizendo que não pertence a nenhuma organização que utilize de convênio com o poder público municipal.

“A atividade da Pastoral de Rua é uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo, que por sua vez, não se encontra vinculada de nenhuma forma às atividades que constituem o objetivo do requerimento aprovado para criação da CPI em questão”, afirmou.

Nesta quarta, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também manifestou surpresa com a proposta de CPI.

Pedido de CPI

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) protocolou, em dezembro, um pedido de abertura de investigações das ONGs que atuam na Cracolândia. Padre Júlio não foi citado nominalmente, mas o vereador já colocou o vigário como alvo das investigações.

Conforme a Mesa Diretora da Câmara, o pedido será tratado pelo Colégio de Líderes do Legislativo em fevereiro, na volta do recesso parlamentar.

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