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Polícia não encontra pesticidas em doce que matou idosa e o filho dela em Goiás

Apesar de os exames não apontarem substâncias, Polícia Científica mantém a tese de que as vítimas foram envenenadas

Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, morreram após comer doce envenenado

De acordo com a Polícia Científica de Goiás, Amanda Partata não utilizou pesticidas para matar o ex-sogro e a mãe dele, em Goiânia (GO). Apesar das substâncias não terem sido encontradas, os investigadores ainda acreditam que as vítimas tenham sido envenenadas. As informações são do G1.

De acordo com as investigações, a suspeita assassinou Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, por se sentir rejeitada com o término do namoro.

"[Os pesticidas] foram descartados. Os pesticidas, como eles são moléculas maiores, eles são mais fáceis, relativamente mais fáceis da gente trabalhar com elas e detectá-las. Então, já foi feita essa pesquisa pelos 300 pesticidas e já foi descartada essa hipótese. Até o carbamato, que é o ‘chumbinho’, que era uma das vias, ele já foi descartado”, disse Olegário Augusto, perito criminal e da Divisão de Comunicação da Polícia Científica.

A mulher foi presa na noite do dia 20 de dezembro e passou por audiência de custódia no dia seguinte. A Justiça negou o pedido de liberdade feito pelos advogados de Amanda. Em depoimento, a mulher negou o crime.

A defesa dela afirma que aguarda o desenrolar de investigações para comentar as acusações. Os advogados contestam a prisão da suspeita e alegam que Amanda compareceu voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou à polícia sobre sua localização e estado de saúde.

Relembre o caso

Leonardo Ferreira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Ferreira Alves, de 86, morreram após comerem uma sobremesa da loja Perdomo Doces, no último domingo (17), em Goiânia (GO).

De acordo com a médica Maria Paula Alves, filha e neta das vítimas, Leonardo não tinha problemas de saúde e estava bem antes de comer o doce. “Entre o primeiro sintoma até seu último suspiro não teve nem 12 horas”, disse em um relato publicado nas redes sociais.

“Ele acordou, comeu um alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem credificado, mas acabou passando mal. Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando à óbito”, contou.

A mãe de Leonardo, Luiza Alves, que também comeu o doce, foi internada no mesmo hospital que o filho, com sintomas semelhantes. Os dois morreram na madrugada de segunda-feira (18).

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.