O genro do médico Roger Abdelmassih, morto no último domingo (26), teria sido atingido com um tiro disparado por um policial militar de folga. O crime aconteceu em frente a um condomínio de luxo, no bairro Morumbi, em São Paulo. Dois suspeitos de assalto contra Dennis Roberto Ramos, também foram baleados e morreram.
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento do crime. Dennis e a esposa, filha de Abdelmassih, estavam em uma moto, quando foram abordados por três criminosos, em duas motos. Uma delas era furtada.
Um dos assaltantes apontou a arma para Dennis e atirou duas vezes. Um policial militar, que também estava de moto, passou pela rua no momento do crime e ouviu o disparo. O agente sacou a arma e atirou contra os assaltantes e o genro de Abdelmassih.
Um dos suspeitos morreu no local. Os outros dois foram encaminhados para o Pronto Socorro do Campo Limpo, onde um deles morreu e o outro permanece internado. O policial saiu ileso.
Depoimento
Em depoimento à PM, a filha de Abdelmassih revelou que o marido tentou acelerar e fugir ao perceber o assalto. Ela contou que se abaixou quando os tiros começaram. Dennis foi levado por familiares ao Hospital São Luiz do Morumbi, mas não resistiu aos ferimentos.
Em nota à Itatiaia, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou todas as circunstâncias dos fatos são investigadas pela Divisão de Homicídios do DHPP e pela Polícia Militar.
“O Policial militar responde por homicídio culposo, e a arma usada, assim como o revólver calibre 38 que estava em posse do suspeito falecido foram apreendidos e encaminhados para a perícia. Laudos periciais estão em elaboração pelo Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML), e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial para auxiliar no esclarecimento dos fatos. O caso é acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar”, relatou o órgão.
Roger Abdelmassih
O médico ginecologista Roger Abdelmassih, de 80 anos, foi condenado a 173 anos, 6 meses e 18 dias de prisão. O ex-médico é acusado de cometer crimes sexuais e manipulação genética contra mais de 70 mulheres.
No final de outubro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) rejeitou o pedido de prisão domiciliar solicitado pela defesa de Abdelmassih.