Uma mulher foi condenada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) a cinco anos e 11 meses de prisão, em regime inicial semiaberto, por topado um idoso de 71 anos para roubar a aposentadoria e pertences da vítima. O crime foi cometido em Itaiópolis, no Norte de Santa Catarina, no Sul do Brasil, em maio de 2019. A condenação foi confirmada pela 2ª Câmara Criminal do TJSC.
Conforme o TJSC, o idoso estava em uma lanchonete quando foi abordado pela mulher. Ela o convidou para visitar uma loja de roupas nas proximidades. Quando chegaram, ela ofereceu à vítima uma xícara de café que continha a substância clonazepam ou fluoxetina, responsáveis por comprometer sua consciência.
“Enquanto a vítima se encontrava incapaz de reagir devido aos efeitos do sedativo, a denunciada subtraiu a quantia de R$ 950 em espécie e um celular marca Multileser Nb70, no valor de R$ 459,08”, destaca nota do tribunal.
Foram encontrados com a mulher comprimidos de fluoxetina, medicamento que pode provocar visão embaçada, confusão mental, alucinações, dor de cabeça e rigidez muscular como reações adversas, além de um frasco de “extrato de raízes - gotas do zeca”, com certa quantidade de substância líquida, além de um frasco de clonazepam, o qual pode causar depressão do sistema nervoso central, bem como problemas respiratórios, cardíacos e psiquiátricos.
A mulher nega ter convidado a vítima para ir até o brechó e diz que só foi até lá para entregar marmita a uma senhora. Já o idoso contou que já estava no estabelecimento e o café foi servido pela responsável do lugar. Porém, em novo depoimento que precisou prestar, a acusada entrou em contradição e admitiu ter servido a bebida para a vítima.
“Uma testemunha conta que, mesmo ainda tonto, o idoso foi até uma farmácia sozinho, oportunidade em que deixou uma maleta no brechó. A responsável pela loja sustentou que, nesse momento, a ré pegou algo dentro da maleta, mas não soube dizer o que ela tirou de lá. Esclareceu ainda que o senhor já estava zonzo quando a denunciada mexeu na pasta dele pela primeira vez”, descreve o TJSC.
No dia do ocorrido, a filha da vítima soube que seu pai havia batido o veículo nas proximidades do hospital de Itaiópolis, por estar desorientado. Quando o encontrou, percebeu que ele não estava com o celular e o dinheiro que havia sacado da aposentadoria.