A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de Ielly Gabriele Alves, de 23 anos. A jovem filmou o momento em que foi
Segundo o delegado do caso Thiago Saad, inicialmente Diego havia sido preso em flagrante por homicídio. Mas, diante do histórico de violência doméstica contra a namorada e de indícios que ele premeditou o crime, o suspeito foi indiciado por feminicídio.
Em entrevista coletiva, realizada na manhã desta sexta-feira (10), o delegado disse que a morte de Ielly foi o último nível de violência doméstica. “As mulheres precisam se atentar para essa escalada da violência, para impedir essa progressão [até o feminicídio]. Também há o ciclo da violência, em que há a tensão, as agressões e a fase da lua de mel. Pelo áudio do vídeo é possível ver que ela acreditava que estava tudo bem”, disse.
Saad disse que a jovem já havia sido agredida e ameaçada pelo ex-namorado. A equipe de investigação teve acesso à fotos de Ielly com hematomas, além de prints de conversas com amigas, onde a vítima relata ter sido agredida. Em uma das imagens, Diego ameaça usar a arma que comprou com a ex-namorada.
Polícia acredita que o crime foi premeditado
Para a polícia, Diego premeditou o crime. O casal, que havia ficado junto por um ano e sete meses, estava separado há 10 dias, o que deixou o suspeito inconformado. Ielly estava na casa da avó no dia do crime. Diego teria ido até lá e almoçado com os familiares da ex-namorada.
Segundo o delegado, durante o almoço Ielly comentou que Diego havia comprado uma arma. Ele, então, puxou o cabelo dela e disse que a jovem “estava sabendo demais”. Após o almoço, o autor chamou a ex-namorada para ir até o rancho de um tio.
Ao chegar no local, os dois teriam “brincado” com a arma de fogo e cada um efetuou três disparos. Logo depois, Diego parou em uma estrada para urinar, momento em que o crime aconteceu. Em depoimento a polícia, o suspeito disse que chegou a dar outros disparos para o alto antes de atingir Ielly. Ele contou que tirou o carregador da arma e acreditava que ela estava sem munição.
A arma do crime ainda não foi encontrada pela polícia. De acordo com a corporação, Diego teria comprado a pistola por R$ 7 mil e o equipamento não tinha registro.