Miliciano alvo de ataque que matou médico irmão de deputada é preso no Rio

Três médicos foram mortos por engano em atentado na Barra da Tijuca, incluindo o irmão de Sâmia Bomfim, do PSOL; Taillon de Alcântara Pereira Barbosa foi preso no RJ

Taillon de Alcântara Pereira Barbosa foi preso no Rio de Janeiro

A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (31), o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. O criminoso seria o alvo inicial do ataque em que três médicos foram mortos na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, no início de outubro. Uma das vítimas era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-RJ).

Taillon foi detido por agentes da PF na avenida Abelardo Bueno, em frente a um escritório e ao Parque Olímpico. Junto com ele, foram detidos outros três homens que faziam a escolta dele e que, segundo informações iniciais, seriam policiais militares. Fotos divulgadas pela PRF mostram Taillon sentado no meio-fio durante a abordagem. Veja:

Taillon foi preso junto com o seu pai, Dalmir Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Dalmir foi citado na CPI das Milícias em 2008 e expulso da polícia. O filho Taillon assumiu sua posição na chefia do grupo com a prisão do pai.

Médicos mortos por engano no Rio de Janeiro

Os médicos estavam em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada de 5 de outubro, quando três suspeitos desembarcaram de um carro com armas em punho e dispararam sucessivas vezes contra os quatro. Mais de vinte disparos foram feitos. Imagens de câmeras de segurança registraram o crime. A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a possibilidade de execução sumária.

O que se sabe sobre os assassinatos de médicos no Rio de Janeiro?

Quem são as vítimas?

  • Marcos de Andrade Corsato: o médico de 62 anos era diretor de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP);

  • Perseu Ribeiro Almeida: o médico de 33 anos era membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e também atuava no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP);

  • Diego Ralf Bomfim: irmão da deputada federal Sâmia Bomfim, o médico de 33 anos também era especialista em ortopedia e traumatologia e trabalhava no Hospital Santa Marcelina, em São Paulo. Ele não morreu na hora, e chegou a ser socorrido para o Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu.

  • Daniel Proença: único sobrevivente entre os quatro baleados, o médico de 32 anos foi atingido por, pelo menos, três disparos de arma de fogo. Ele está internado no Rio de Janeiro.

Os quatro médicos estavam na cidade para o Congresso Internacional de Ortopedia, que começou nesta quinta-feira (5).

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