Não houve acordo entre a General Motors (GM) e os Sindicatos dos Metalúrgicos de SP, das três cidades em que a montadora possui fábricas no estado de SP: São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos. Com isso, a greve dos funcionários da montadora foi mantida.
Os mais de 12 mil funcionários estão em greve desde o último sábado (21) em protesto contra as 1200 demissões que foram notificadas por e-mails e telegramas segundo os metalúrgicos da GM.
Diante desse cenário, o Ministério do Trabalho solicitou uma reunião nesta sexta-feira (27), na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, no centro de SP, com todos os envolvidos, para discutir as demissões nas três unidades.
A próxima conciliação será na terça-feira (31) na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, no centro de SP, com todos os envolvidos.
GM negou reintegrar funcionários
A montadora se negou a cancelar os cortes, mas afirmou estar à disposição para se reunir com os sindicatos. Já os representantes sindicais disseram que não haverá acordo enquanto a montadora continuar com as demissões.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi das Cruzes, David Martins, muitos funcionários foram demitidos ilegalmente. “Nós tínhamos um acordo layoff de suspensão de contrato de trabalho desde junho, esse acordo vai vencer agora em dezembro, mas tínhamos a possibilidade de prorrogar até maio, tinha estabilidade no emprego, a empresa não poderia mandar embora, a empresa sinalizou sim a reversão das demissões, mas para cancelar algumas demissões ilegais: como foi demitido mulher grávida, trabalhador com morbidade, nós queremos que revertam todas, além disso foi suspenso o pagamento das verbas rescisórias e da multa do FGTS até a próxima quarta-feira, de hoje até quarta, nós vamos tentar uma negociação”, disse o vice-presidente David Martins.
Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SJC, Weller Gonçalves, não haverá acordo enquanto a montadora continuar as demissões. “Não só do sindicato de São José mas de Mogi das cruzes e de São Caetano também, qualquer processo de negociação será feito depois que a empresa efetuar o cancelamento de todas as demissões, essa é a nossa posição, a empresa realizou essas demissões por telegrama no último sábado, a notícia da demissão via telegrama feita pelo carteiro foi uma forma ruim”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SJC.
Na última quinta-feira (26), foram realizadas audiências regionais em Mogi das Cruzes e São Caetano. Já nesta sexta-feira (27), aconteceu no TRT em Campinas a audiência referente aos funcionários de São José dos Campos, e, segundo os representantes das três fábricas, não houve acordo entre eles.
A Itatiaia tentou conversar com a General Motors (GM), mas até o momento não recebeu resposta. O espaço segue aberto para a empresa.