Uma aluna de 17 anos morreu e outras duas de 15 anos foram baleadas em um ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (23). Além delas, um estudante de 18 anos se feriu no tumulto. Na porta da instituição, que fica na rua Senador Nilo Coelho, no bairro Jardim Sapopemba, o desespero tomava conta dos familiares. O suspeito, de 16 anos, sofria bullying e já havia ameaçado atacar os colegas. Ele sofria humilhações e já foi alvo de agressões físicas pelos colegas - um dos episódios, inclusive, foi filmado e divulgado por alunos.
“Foi um momento terrível, bem difícil. A princípio, eles acharam que era barulho de bombinha. Eles têm o costume de estourar bombinha no banheiro. Mas, após o terceiro estopim, eles viram que era tiro”, contou Valdemia Batista, de 40 anos, mãe de uma aluna que estuda no corredor onde o ataque aconteceu.
Ela relatou que a menina ligou para a polícia e precisou ser levada para o hospital. “Ela passou mal, teve crise de ansiedade”, acrescentou.
Luiza de Carvalho Silva, avó da menina que morreu, desabafou à CBN. “Todo mundo já sabia que ia acontecer alguma coisa nessa escola, porque há muito tempo estão falando que tava tendo ameaça lá. Por que não fizeram as coisas antes?”, lamentou.
A irmã de um dos alunos que estudava com o atirador e a menina morta contou à Itatiaia como recebeu a notícia do ataque. “Ele me ligou 7h30 dizendo estar tendo tiroteio na escola e que ele estava de aula e ouviu o barulho de bomba duas vezes”, contou.
O jovem enviou à familiar um registro feito trancado na sala chorando. “Ele me mandou um vídeo de todo mundo agachado, embaixo das cadeiras”, acrescentou.
Suspeito sofria bullying
O suspeito, de 16 anos, que usava uniforme, foi detido. Ele seria aluno de Ensino Médio da instituição. Outra pessoa com participação no ataque teria conseguido fugir. A Polícia Militar (PM) informou que a arma utilizada no crime foi apreendida e pertence ao pai do suspeito. Alunos disseram que o suspeito era gay e sofria bullying. A
O Governo de São Paulo disse, por meio de nota, que “a prioridade nesse momento é o atendimento às vítimas e o apoio psicológico aos alunos, profissionais de educação e familiares”.