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Trabalhadores são demitidos por telegrama em unidades da General Motors de São Paulo

Empresa surpreendeu funcionários neste sábado com demissões envidas por e-mail e por telegrama

A General Motors, responsável pela fabricação dos carros da Chevrolet, surpreendeu os funcionários neste sábado (21) com demissões. Os desligamentos foram feitos em três unidades do estado de São Paulo - São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes - e comunicados por telegrama e e-mail.

A montadora atribuiu os cortes a uma queda nas vendas e nas exportações. Além disso, afirmou que a medida foi tomada após fazer várias tentativas para evitar as demissões, como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário.

“A queda nas vendas levou a General Motors a adequar seu quadro de empregados. Por isso, comunicamos que a empresa decidiu pela rescisão do seu contrato de trabalho no dia 23/10/23. Solicitamos o seu comparecimento no endereço e data abaixo, para providências administrativas e demais orientações”, afirmou o documento enviado aos colaboradores.

“Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, afirmou a empresa em nota ao G1.

Os Sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos e de São Caetano afirmou que os cortes não foram negociados e exigiu o cancelamento das demissões. Desde julho, 1,2 mil trabalhadores de São José dos Campos estão com os contratos suspensos - situação que pode se manter durante 10 meses.

Na unidade de Mogi das Cruzes, a empresa apresentou um Plano de Demissão Voluntária, mas não foi aprovada pelo sindicato. No total, as empresas possuem cerca de 11,5 mil trabalhadores.

Confira nota completa da GM enviada ao G1:

“A queda nas vendas e nas exportações levaram a General Motors a adequar seu quadro de empregados nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Esta medida foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário. Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”.

(Sob supervisão de Luis Otávio Peçanha)

Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento
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