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Operação Escudo: bala que matou PM não saiu de arma apreendida, diz laudo

Suspeito de matar policial está preso desde o fim de julho

Patrick Bastos Reis morreu depois de ser baleado na Baixada Santista

Um laudo aponta que a bala que matou o soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, no Guarujá, no litoral de São Paulo, não saiu da arma que foi apreendida pela Polícia Militar (PM) como sendo a usada pelo suspeito Erickson David da Silva, conhecido como Deivinho, que está preso.

A informação está no laudo da perícia de confronto balístico, entregue aos investigadores na quarta-feira (18), e foi revelada pelo colunista Josmar Jozino, do UOL. No documento, confirmado pela Itatiaia, consta que a bala retirada do corpo do PM não pode ter saído da arma apreendida.

“Verificou-se discordâncias entre os projéteis (testemunha e incriminados), nos elementos de ordem genérica (profundidade, largura e distância entre as impressões de raias) e, sobretudo, nos elementos de natureza específica (estriamentos finos), que como se sabe, são individualizadores em exames microcomparativos”, diz trecho do laudo.

Deivinho, apontado como “sniper do tráfico” na Baixada Santista, está preso preventivamente desde o fim de julho. A arma foi encontrada num beco do Guarujá e atribuída a ele. O soldado da Rota e outro policial foram baleados em 27 de julho, perto de uma comunidade. O outro PM teve um ferimento na mão.

Após a morte do policial da Rota, pelotão de elite da PM paulista, teve início a operação mais letal desde o massacre do Carandiru, em 1992. Em 40 dias, 28 pessoas foram mortas em intervenções policiais.

Até a publicação desta reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) não havia se pronunciado sobre o caso.

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