Uma professora aposentada de 60 anos realizou um sonho pessoal e deu à luz a sua segunda filha em Santa Casa de Assis, no interior de São Paulo. Com o nascimento da pequena Rebeca, Vilma de Fátima e o marido, o agricultor Constantino Di Raimo, de 62 anos, alcançaram um feito raro, mas que tem sido cada vez mais comum com o avanço da Medicina, principalmente na questão da reprodução humana.
Constantino e Vilma desafiaram opiniões e passaram por cima do preconceito quando decidiram enfrentar a gravidez aos 60 anos. Avós de um menino de 11 anos e uma menina de 9, eles tiveram a primeira filha há mais de três décadas e sempre mantiveram o sonho de uma nova gestação.
“Estudo, trabalho e correria, o sonho de ter outro filho ficou em segundo plano, quando nos deparamos a vida passou, a filha casou, ganhamos dois netos, um casal, e bateu a vontade de ter filhos, eu pensava, agora tudo passou o tempo passa muito rápido”, disse a professora aposentada.
O sonho do casal ganhou forma quando conheceram a ginecologista e obstetra Simone Fink, que indicou a especialista em reprodução humana Daniela Wahib Hassan. A doutora Daniela, que acompanhou o processo desde as consultas e o tratamento feito em Penápolis (SP), explica que a gravidez de Wilma é um caso de sucesso.
“Eela vem de alguns tratamentos falhos, foi um processo longo, ela se encontra no processo de menopausa de longo tempo, foi obtido um óvulo de doação e a fertilização e in vitro, o embrião foi transferido para o útero da Dona Vilma e tivemos a evolução da gravidez”.
Preconceito
A professora aposentada relatou que entre os desafios que enfrentou durante o tratamento, quando ouviu comentários que julgavam a decisão do casal em ter outro filho depois dos 60 anos.
“Depois de dois dias eu fiz o teste estava grávida e a primeira pessoa a saber foi a minha filha. Foi muito emocionante, com muito choro muita alegria mas o resto das pessoas que eu conhecia apontavam e falavam que a gente era louco por conta da idade, onde já se viu ter uma criança na cidade para deixar no mundo, mas eu abandonei essa parte e fiquei com a minha gravidez”, disse Vilma sobre os comentários, que disse que o apoio das médicas foi muito importante, o amparo da equipe trouxe tranquilidade para esse momento:
“no meu caso eu fui muito bem assistida por essas mulheres, e a gravidez correu tranquila, as vezes uma pressão alta eu tive, uns inconvenientes da própria gravidez, mas quando eu era jovem também passei por isso”. Vilma também afirmou que tomou muitos cuidados e que a maturidade trouxe essa clareza:
“A idade traz essa responsabilidade para a gente então a gente come o que pode, faz o que pode, não tem esse negócio de comer por dois a gente come para se alimentar e não ficar obesa para não dar glicemia alta, diabetes”, disse a nova mamãe.
Sobre as condições que proporcionaram uma gravidez para mulheres com mais de 50 anos, a Dra Daniela explicou que é necessário uma série de exames:
“Hoje em dia a gravidez é possível por toda parte regimental do nosso conselho em idades mais velhas. Antes de iniciar qualquer processo tem uma liberação do cardiologista, do seu clínico geral, e assim avaliando os riscos junto com obstetra”, afirma a médica especialista em reprodução humana.
“O processo da Dona Vilma foi longo, o útero dela era um útero em menopausa, na menopausa o útero é atrofiado, ela fez um tratamento tenso e foi recuperado a estrutura para receber esse embrião, todo esse processo foi feito com segurança em relação a paciente, a bebê é perfeita, para nós é um caso de sucesso”, finaliza a médica.
Conselho para as Futuras mamães
Pedimos que a nova mamãe deixasse um conselho para as mulheres que desejam realizar esse sonho e Dona Vilma foi firme em sua fala:
Ä medicina está muito avançada, a medicina dá um respaldo muito grande daquilo que você está buscando, tem médicos excelentes no mercado, não desista mulheres vão atrás dos seus sonhos pois vale a pena, a minha filha é uma boneca fica emocionada com a minha própria história”, concluiu.