Metralhadoras furtadas do Exército são apreendidas em comunidade no Rio

O Exército Brasileiro apreendeu parte das metralhadoras furtadas do quartel de Barueri, na Grande São Paulo nesta quinta-feira (19). As armas foram encontradas na comunidade Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo Governo do RJ.

De acordo com o órgão, na localidade foram encontradas quatro armas antiaéreas de calibre .50 e quatro 4mags 7.62. Informações davam conta que de os armamentos foram oferecidos para a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

A descoberta se deu após quatro metralhadoras aparecerem em um vídeo enviado à Polícia Civil e ao Exército. Dentre as armas furtadas, 13 são metralhadoras de calibre ponto 50 - capazes de derrubar aeronaves - e oito de calibre 7,62. Segundo a PC, o grupo que vendia cada ponto 50 a R$ 180 mil reais.

Três militares suspeitos de envolvimento no sumiço das metralhadas foram identificados. Os militares responsáveis pelas investigações estão ouvindo todos os militares que trabalhavam na fiscalização ou controle dos armamentos. Todos eles serão responsabilizados e punidos disciplinarmente. O Exército espera que as medidas sejam cumpridas em breve.

Comando Vermelho

Segundo as investigações, a metralhadora ponto 50 teria sido oferecida para o traficante William de Souza Guedes, conhecido como Corolla. Ele é um dos homens de confiança dos chefes da facção Comando Vermelho no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio.

O traficante tem nove mandados de prisão em aberto, sendo um deles pela morte do policial militar Daniel Henrique Mariotti, em 2019. Os responsáveis pelo furto teriam ligado para William para oferecer o armamento.

Após receber a oferta, Corolla teria ligado para Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o Abelha, considerado o principal chefe do Comando Vermelho em liberdade.