O júri popular de Guilherme Longo e Natália Ponte, padrasto e mãe do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, que foi morto em novembro de 2013, chega ao terceiro dia nesta quarta-feira (18), no Fórum de Ribeirão Preto, em São Paulo.
Nesta quarta, a previsão é de que sejam ouvidas oito testemunhas de defesa dos réus. Desde a segunda-feira (16), quando teve início o julgamento, foram ouvidas seis testemunhas de acusação e três comuns.
No total, estavam previstas 34 testemunhas durante todo o julgamento. Somente de defesa, são 24 testemunhas. O fórum está reservado por 12 dias para o julgamento.
Os réus, que sempre negaram o crime, serão interrogados somente depois que todas as testemunhas forem ouvidas. A parte dos debates entre acusação e defesa está prevista para acontecer somente no fim de semana. O julgamento está sendo presidido pelo juiz José Roberto Bernardi Liberal.
Relembre o caso
O menino Joaquim foi encontrado morto, jogado em um córrego em Barretos, a cerca de 120 km de Ribeirão Preto. A criança morava com a mãe e o padrasto, além de um irmão mais novo.
A causa da morte foi apontada como uma superdosagem de insulina aplicada no garoto. Segundo a denúncia, o padrasto aplicou o medicamento no menino, que era diabético.
As defesas contestam a causa da morte, visto que a perícia não encontrou a substância no corpo do garoto, já que é de rápida absorção no corpo. Ele, porém, não morreu por afogamento, com base em exames periciais.
Guilherme Longo é acusado de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele está preso em Tremembé, em São Paulo, desde 2018.
Natália Ponte também é acusada de homicídio triplamente qualificado; a diferença é a qualificadora de omissão. No entendimento da acusação, ela poderia ter evitado o contato da criança com o padrasto, que tinha comportamento agressivo.
A decisão caberá ao corpo de jurados, formado por sete pessoas.