A capital paulista registrou 598 km de congestionamento no trânsito, nesta terça-feira (3), por conta da greve dos trabalhadores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) contra privatizações das estatais. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o congestionamento atingiu o pior momento às 08h.
Nove linhas de metrô e trens estão paradas em São Paulo. Além disso, trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) também estão em greve. Aulas e consultas médicas das redes estaduais foram suspensas. Um dos motivos da lentidão no trânsito é também a suspensão do rodízio de veículos adotada pela prefeitura.
Segundo a CET, por volta das 7h, a extensão do congestionamento na capital paulista era de 443 km, mais que o dobro do registrado no mesmo horário na segunda-feira (2), quando havia 214 km de lentidão. Mesmo com o aumento do congestionamento, o índice não é considerado grave pela CET.
O transporte coletivo em ônibus está funcionando normalmente na capital paulista. Porém, há registros de lotação. Mais veículos foram colocados para reforçar parte das linhas.
Continuação da greve
A princípio, os trabalhadores deliberaram junto ao Sindicato dos Metroviários que a paralisação duraria 24 horas. Uma reunião será realizada nesta terça para deliberação da categoria sobre a possibilidade de continuação da greve. A assembleia foi marcada para as 18h.
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, tratou a greve como abusiva e de cunho político. “Infelizmente, hoje a gente tem uma confusão de sindicatos com partidos políticos. Partidos que mostram que não têm a menos disposição para dialogar e que estão pleiteando eleição municipal”, afirmou.
