A Polícia Civil identificou três suspeitos de matar, com um tiro no ouvido, um cobrador de ônibus em Taguatinga, no Distrito Federal, na noite de segunda-feira (2). De acordo com o delegado-chefe da 27ª DP, Fernando Fernandes, o autor do disparo tem 20 anos. Os outros dois participantes do crime tem 17 e 19 anos. As informações são do Metrópoles.
“Os três estão foragidos. Estamos recebendo várias denúncias anônimas do paradeiro deles e cremos que em breve todos deverão ser detidos”, afirmou Fernandes. Segundo a PC, os três já têm passagens por crimes de roubo, furto, receptação e uso de drogas.
De acordo com o delegado, o crime está sendo tratado como latrocínio - roubo seguido de morte. Ele esclarece que o menor está sujeito a uma medida socioeducativa de internação de até 3 anos em unidade de internação provisória. Já os jovens de 19 e 20 anos podem pegar uma pena que varia de 20 a 30 anos de prisão em regime fechado.
O crime
Na noite de segunda-feira (2), os suspeitos embarcaram no ônibus, foram até o cobrador e anunciaram o assalto. Um deles estava armado. O cobrador Ariel Santos Marques, de 26 anos, estava cochilando, com um fone de ouvido, no momento do crime.
Segundo o motorista do coletivo, um dos assaltantes puxou os cabelos dele para acordá-lo. Os criminosos pediram para que Ariel entregasse todo o dinheiro do caixa, o que foi feito. O cobrador ainda entregou o celular para os bandidos.
Mesmo sem reagir, um dos criminosos disse que era para matar Ariel. Então, o suspeito que estava armado disparou contra o ouvido do cobrador. Ele morreu na hora. No momento do crime, outras 10 pessoas estavam dentro do veículo. Uma das passageiras foi abordada pelo trio e também teve o celular roubado.
Em depoimento, o motorista disse que após matar o cobrador, os criminosos o ameaçaram. Eles teriam pedido para que o condutor abrisse a porta e fugiram.
“Não é normal, nesse tipo de crime, a pessoa que não apresenta nenhum tipo de resistência, que não reage a ação dos criminosos, acabar sendo baleada na cabeça de forma proposital e fatal. Uma banalidade muito grande, futilidade, covardia. Era um cidadão, um cobrador, um trabalhador desarmado, que entrega o que tem, coloca as mãos pra cima, recua e, mesmo assim, é alvejado na cabeça”, disse o delegado-chefe da 27ª.