O Governo de São Paulo trocou os comandantes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), o pelotão de elite da Polícia Militar (PM) paulista, e do 13º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo.
As mudanças constam do Diário Oficial do Estado de segunda-feira (4). As trocas envolvem dois dos principais problemas de segurança pública em São Paulo: a Baixada Santista e a Cracolândia.
Na Rota, a mudança ocorre em meio ao aumento de mortes na Operação Escudo, deflagrada no fim de julho na Baixada Santista, após a morte de um soldado do pelotão de elite em patrulhamento. Já são ao menos 27 óbitos confirmados desde a morte do PM.
O comando do pelotão de elite da PM será feito pelo tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi, que já fazia parte da Rota e foi promovido pelo governo. Rogério Nery Machado, que estava à frente da Rota, vai comandar o 4º Batalhão de Choque, que inclui o Comandos e Operações Especiais (COE) e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
Em relação ao 13º batalhão, há cerca de um mês, um soldado que era motorista do então comandante, o tenente-coronel Armando Luiz Pagoto Filho, foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Para o lugar de Armando, o governo colocou o também tenente-coronel Leandro Garcia Souza.
Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, classificou as trocas, que foram mais de 20, como “normais” e “naturais”. “As trocas não têm absolutamente nada a ver com a Operação Escudo”, disse. “São mais do que normais e naturais essas trocas”, afirmou o secretário.