A Justiça do Mato Grosso determinou, nesta semana, a transferência do ex-policial Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, para um presídio exclusivo para militares. O ex-agente de segurança é suspeito de estuprar e assassinar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirlone, de 48 anos, com quem teve um encontro na mesma noite.
O suspeito foi transferido após o Ministério Público pedir para que o suspeito fosse colocado em um presídio comum para que fosse respeitado o princípio de isonomia. Porém, dias depois, o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto emitiu uma decisão contrária, afirmando que o caso de extrema violência teve ampla repercussão na mídia e que o recolhimento em um presídio exclusivo “assegura a integridade física e psicológica dos detentos”.
O juiz fez questão de ressaltar que, caso haja uma ordem superior para a transferência do ex-PM para um presídio comum, essa decisão será respeitada. Mas, por enquanto, ele se recusa a colocar o suspeito de estupro e feminicídio em um presídio por comum, por considerar a decisão uma “sentença de morte”.
“Agora, se essa forma de atuação está errada e, de fato, ex-integrantes das Forças de Segurança ou ainda em atividade precisarem compartilhar o mesmo espaço com aqueles que, um dia, prenderam ou trocaram tiros, havendo decisão superior, este magistrado vai se curvar. Todavia, neste momento, este corregedor prisional não assinará a sentença de morte de uma pessoa sequer, tampouco, dará aso a insurgências dentro do sistema prisional de Cuiabá e de Várzea Grande”
Advogada morta em MT
A advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi morta na madrugada entre os dias 12 e 13 de agosto. Ela teve um encontro com almir no dia anterior e foi encontrada morta dentro do próprio carro na manhã seguinte, com sinais de asfixia e espancamento. Ela deixou duas filhas, de 14 e 20 anos.
Almir Monteiro dos Reis foi indiciado por estupro, homicídio quadruplamente qualificado e fraude processual em Cuiabá. Ele segue detido na Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães.