Uma das mais letais da história de São Paulo, a Operação Escudo, deflagrada há pouco mais de um mês na Baixada Santista, vai continuar a ser realizada por prazo indeterminado, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Inicialmente, a ação estava prevista para durar 30 dias. A confirmação foi feita nesta terça-feira (29).
A ação começou em 28 de julho, um dia depois da morte de um soldado da Rota, o pelotão de elite da Polícia Militar (PM) paulista. De acordo com a SSP, a operação vai seguir para “sufocar o tráfico de drogas e combater o crime organizado”. O reforço policial na região conta com mais de 600 agentes de segurança.
Desde o início da operação, 23 pessoas foram mortas por policiais nas cidades da Baixada Santista. A vítima mais recente foi na segunda-feira (28), um adolescente de 15 anos que, segundo a polícia, estava vendendo drogas na comunidade Cantagalo. Uma arma foi apreendida com ele.
Em relação às mortes e denúncias de excessos cometidos por policiais, a secretaria informou que “todos os casos decorrentes de intervenção policial são investigados minuciosamente pela Deic de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar”.
De 28 de julho a 28 de agosto, ainda segundo a secretaria, 693 pessoas foram presas na região, sendo que 266 delas eram procuradas pela Justiça. Os foragidos tinham cometido crimes como tráfico de drogas, roubo, furto, estelionato, sequestro e homicídio.
No período, os policiais apreenderam 87 armas de fogo e 927,5 kg de drogas. Conforme a SSP, as ações causaram prejuízo de mais de R$ 2 milhões ao crime organizado.