Com menos de uma hora de vida, Heloísa Santos foi submetida à uma cirurgia para colocar um marca-passo, no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, em Brasília. A bebê foi diagnosticada, no quinto mês de gestação, com a doença do nó sinoatrial adquirido, que altera o ritmo das batidas do coração. Em um procedimento raro, os médicos conseguiram salvar a vida da pequena Heloísa.
Assim que nasceu, na última segunda-feira (14), a bebê foi levada para a sala de cirurgia para que o problema fosse corrigido. “Se Heloísa não recebesse rápido um marca-passo, na primeira hora de vida, não conseguiria sobreviver”, contou a cirurgiã cardiovascular pediátrica, Ana Thalita de Oliveira Miranda, ao Metrópoles.
Segundo o obstetra Marcelo Filippo, responsável pelo parto da criança, o hospital precisou se planejar para realizar o procedimento assim que a bebê nascesse. Cerca de 20 profissionais participaram do parto. “Tudo foi coordenado para que o bebê fosse atendido logo após o nascimento. A sala de cirurgia estava disponível ao lado da sala de parto”, disse o médico.
Agora, Heloísa se recupera na unidade de saúde. A criança deve passar por mais uma cirurgia na próxima semana. O pai Raniere Moreira Freitas, de 29 anos, contou que o atendimento foi essencial para que a vida da filha fosse salva. “Estou muito mais aliviado, passamos maus bocados nesses três últimos meses. A equipe do HMIB e do ICTDF foi incrível. Gratidão aos médicos e a todos os profissionais envolvidos”, disse.