Em seis das 16 ações com mortes durante a Operação Escudo, na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, os policiais militares não usavam câmeras corporais, informou a Polícia Militar (PM), na segunda-feira (7), quando a operação completou dez dias.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), das 10 ações com câmeras, sete foram encaminhadas para o Ministério Público (MP). Em um desses casos, a PM afirmou que há relatos de que o equipamento estava sem bateria ou não registrou a ação.
A operação começou em 28 de julho, após a morte do soldado da Rota, pelotão de elite da PM paulista, Patrick Bastos Reis, que foi baleado enquanto fazia patrulhamento próximo a uma comunidade no Guarujá. O governo pretende manter a ação ao menos até o fim deste mês.
Em relação às vítimas nas 16 ações com morte, a polícia informou que cinco delas não tinham antecedentes criminais e que ao menos um homem foi enterrado sem identificação. Os casos serão investigados pela Polícia Civil.
Em 10 dias, os policiais também prenderam 181 pessoas em flagrante, entre elas os suspeitos de matar o policial; além disso, apreenderam quase 500 kg de drogas, bem como apreenderam 22 armas.
A Polícia Civil indiciou os três envolvidos na morte do policial pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas.