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Polícia encerra investigação e vai indiciar três por morte de soldado da Rota em Guarujá

Na quarta-feira (2), a Polícia Civil anunciou a prisão do último suspeito de envolvimento na morte, o irmão de Erickson David da Silva, chamado pela polícia de sniper do tráfico; apontado como o responsável pelo disparo que matou o agente

A Polícia Civil encerrou a investigação e vai indiciar três pessoas pela morte de Patrick Bastos Reis, policial militar da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), em Guarujá, na Baixada Santista.

O delegado Antônio Sucupira, titular da Delegacia Sede da cidade, confirmou à CNN, neste sábado (5), o envio do inquérito à Justiça para abertura de ação penal contra três indiciados por homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico.

A polícia de São Paulo lançou a operação “Escudo” após o soldado Patrick Bastos Reis ser morto por um tiro durante patrulhamento na Vila Zilda, em Guarujá.

Na quarta-feira (2), a Polícia Civil anunciou a prisão do último suspeito de envolvimento na morte, o irmão de Erickson David da Silva, chamado pela polícia de “sniper do tráfico”, apontado como o responsável pelo disparo que matou o agente.

Mais de 600 agentes das polícias Civil e Militar participaram da ação, que durou oito dias e deixou 16 pessoas mortas. Foram presas 147 pessoas e 434 kg de drogas foram apreendidos, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que irá investigar eventuais excessos cometidos pela Polícia Militar durante a operação realizada no litoral do estado. Anteriormente, ele havia afirmado que não houve excessos na ação policial.

O ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, registrou boletim de ocorrência por ameaças de morte e injúrias raciais recebidas via WhatsApp nesta sexta-feira (4).

Claudinho, como é conhecido, tem feito críticas à atuação de policiais no âmbito da Operação Escudo, e tem sido o porta-voz de denúncias feitas por moradores de que estariam ocorrendo violações de direitos humanos nas abordagens.

A defensora pública da União Carolina Castelliano afirmou à CNN que o número crescente de mortes de civis e militares em operações policiais indica uma ausência de técnica e inteligência na atuação das forças de segurança do estado de São Paulo.

“A Defensoria Pública da União, assim como os demais órgãos de atuação em direitos humanos, entende que cabe ao Estado sempre atuar com técnica, sempre atuar nos estreitos limites da razoabilidade e, principalmente, atuar com inteligência”, disse em entrevista à CNN.

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