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Pais lamentam morte de jovem após extração do siso: ‘que ninguém mais sofra essa dor’

Isadora Albanese, de 18 anos, morreu quatro dias após a cirurgia; pais fazem campanha para que conselho crie um protocolo específico para os profissionais

Os pais de uma jovem de 18 anos que morreu após extrair dentes do siso realizam uma campanha nas redes sociais para a criação de um protocolo específico para orientar os profissionais de odontologia neste tipo de cirurgia.

Isadora Belon Albanese tinha 18 anos e começou a sentir dores na região do siso neste ano. Após consulta, ela foi orientada a retirar os quatro sisos que possuía, dois de cada lado. A cirurgia para a retirada dos sisos direitos correu bem, mas a extração dos sisos no lado esquerdo da boca teve complicações.

No dia 21 de abril, dois dias após a retirada desses dentes, Isadora começou a sentir muitas dores, falta de ar e incômodo no corpo. Ela foi ao dentista, que disse que a situação era normal e que, se necessário, ela poderia trocar o remédio para a dor. A jovem precisou ser internada e acabou morrendo dois dias depois, em 23 de abril.

Desde então, Grasiela e Ricardo Belon Albanese fazem uma campanha nas redes sociais para que o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo crie um protocolo para orientar os profissionais. Em entrevista ao Fantástico, Grasiela lamentou a morte da filha.

“Se eu soubesse que matava, eu enfiava minha filha no carro e a levava de volta para casa. Eu nunca ouvi falar disso antes. Eu espero que ninguém nunca mais precise chorar por causa disso.”

Sidney Neves, especialista em cirurgia bucomaxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, disse que as mortes relacionadas à extração do siso são raras e a cirurgia é considerada segura. Ele afirma que o CRO vai avaliar o caso.

“Ninguém morre por conta do siso, há na verdade um processo infeccioso raro. Uma normativa obrigatória é mal vista em uma profissão em que o você já é o responsável técnico pela situação clínica. Um protocolo eficiente dá ao profissional liberdade para escolher a melhor manobra técnica ou medicamento para uso.”

O hospital responsável pela cirurgia lamentou o ocorrido e disse que Isadora morreu “mesmo com todos os esforços da equipe”. A unidade afirma que a jovem foi atendida por profissionais especialistas no assunto.

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