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Morte de torcedora do Palmeiras: Justiça determina que outra delegacia investigue o crime

Caso foi retirado da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) e passou para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)

Gabriela Anelli foi atingida por estilhaços de uma garrafa da vidro

A investigação da morte da torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli, de 23 anos, que foi atingida no sábado (8) por estilhaços de uma garrafa de vidro em frente ao Allianz Parque, em São Paulo, passará a ser comandada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na quinta-feira (13), o departamento aguardava apenas a notificação da Justiça para entrar no caso. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) e aguarda retorno.

A mudança ocorre após determinação da Justiça de São Paulo, que retirou o inquérito da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). A mudança de delegacia foi determinada na mesma decisão que soltou o suspeito, torcedor do Flamengo, que havia sido preso pelo crime no sábado.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o homem de 26 anos que estava preso não foi o responsável por ameaçar a garrafa que atingiu Gabriela. Tanto a promotoria quanto a Justiça entenderam que as provas não sustentavam a prisão ou o indiciamento por homicídio doloso.

O caso era comandando pelo delegado César Saad, que indiciou o suspeito. Na decisão, a juíza considerou o delegado despreparado para seguir na investigação. Em nota, a Polícia Civil afirmou que a prisão do suspeito de ter atirado o objeto que vitimou a jovem ocorreu dentro da legalidade.

“[A polícia] manifesta-se no sentido de corroborar a legalidade do auto de prisão em flagrante realizado pelo Delegado de Polícia diante dos elementos probatórios dispostos naquele momento, tanto que a prisão em flagrante, quando da audiência de custódia, fora confirmada pelo Poder Judiciário e convertida em prisão preventiva.”

Agora no DHPP, a investigação tenta identificar um homem de camiseta cinza e barba que foi flagrado arremessando uma garrafa em imagens conseguidas pela polícia. A promotoria apontou esse homem como suspeito pelo crime.

Jornalista há 15 anos, com experiência em impresso, online, rádio, TV e assessoria de comunicação. É repórter da Itatiaia em São Paulo.