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Irmãos presos por sequestro e assassinato de ex-tenente são filhos de PM aposentado

Segundo a polícia eles pertencem a quadrilha que é responsável a roubos em residências na região de Itapecerica da Serra em SP.

Dois suspeitos de participarem do sequestro são filhos de um PM reformado.

Dois homens presos por sequestro e assassinato do ex-tenente Ricardo Boide, 52 anos, na Grande São Pulo, no último dia 4 de julho, são filhos de um policial militar aposentado. Alexandre Alencar Reif e Erick Alencar Reif foram detidos um dia depois do sequestro.

Segundo a polícia, um dos irmãos, Erick Alencar, foi reconhecido por um parente da vítima, pelas tatuagens no pescoço. Ao ser ouvido pelo delegado titular do caso, Pedro Buk, ele negou o envolvimento no crime.

Os irmãos foram presos em casa e segundo policiais civis, na residência foi encontrado uma pistola 9 mm, preta, carregada de balas, que pertencia ao tenente Ricardo Boide.

Outros três homens foram presos pelo crime, entre eles, Welington Aquino dos Santos apontado como chefe do grupo. No momento da prisão ele estava com a aliança de casamento do tenente reformado. Os quatro suspeitos tiveram a prisão convertida em preventiva.

As investigações apontam que seis pessoas participaram do sequestro e que todos são membros de uma quadrilha que praticava roubos em residência da região.

O sequestro

O crime ocorreu em Itapecerica da Serra em 4 de julho. Ricardo Boide chegou na residência, na noite da última terça-feira (4), quando três parentes já estavam rendidos pelos criminosos. Enquanto procuravam por bens da família, os bandidos encontraram a farda do tenente reformado, uma arma e munição, e decidiram levar Ricardo como refém.

No dia seguinte, o corpo de Ricardo Boide foi encontrado próximo a casa, em área de mata.

Até agora, foram presos 13 assaltantes. Alguns foram capturados durante a Operação Caapora e outros 12 integrantes do grupo estão foragidos.

Os criminosos ficaram conhecidos por agirem sempre da mesma forma, entravam nas casas pela mata, aterrorizavam as vítimas, roubavam joias e objetos de valor e exigiam a senha das contas bancárias para transferir dinheiro via Pix. Só da família do tenente aposentado foram transferidos ao menos R$ 100 mil.