Uma mulher
O caso aconteceu em janeiro de 2021. Fabrício Marçal sobreviveu. O júri popular durou quase 12 horas. As qualificadoras para o crime foram motivo torpe, emprego de veneno e não dar possibilidade de defesa para a vítima.
O advogado de defesa da mulher, que afirma inocência, tentou adiar o júri depois que mais de mil páginas foram anexadas ao processo. O juiz Pedro Corrêa Liao manteve a data e decidiu, na quarta-feira (28), que o material não deveria ser considerado.
Os novos documentos abordam outro inquérito policial que investiga Juliana na suposta participação na morte da enteada de 6 anos, em 2019, filha do então namorado Fabrício. A menina Rebecca foi sufocada dentro de casa. Antônio Gomes de Souza Sobrinho, um vizinho, foi acusado de entrar no imóvel e matar a criança, que estava aos cuidados de Juliana.
Yuri Felix, advogado do namorado de Juliana, Fabrício Marçal, afirma que a tentativa de homicídio do cliente “guarda conexão com os fatos ocorridos em outubro de 2019, no qual culminou com a fatídica morte da filha Rebecca”.
Tentativa de homicídio
De acordo com o inquérito, em janeiro de 2021, Juliana preparou o jantar do namorado. No frango, a perícia da Polícia Civil identificou veneno e, no refrigerante, um calmante. Com o efeito dos sedativos e da intoxicação, Fabrício passou mal, mas conseguiu chamar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
A vítima, no entanto, dopada com a medicação, acabou dormindo, e Juliana aplicou cola sobre os cílios da vítima, impedindo que ele abrisse os olhos.