O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) informou que vai recorrer da decisão que permitiu a progressão de regime de pena de Anna Carolina Jatobá, condenada, junto com o marido, Alexandre Nardoni, pela morte da enteada Isabella Nardoni. Anna Carolina deixou a prisão na noite de terça-feira (20).
O casal foi condenado em 2010 pela morte da menina, que tinha apenas cinco anos, em 2008, quando foi jogada de um prédio em São Paulo (SP). A pena de Anna Carolina foi de 26 anos de prisão. Ela estava na cadeia há 15 anos. Em 2017, tinha progredido do regime fechado para o semiaberto.
Um dos questionamentos do MP-PR para recorrer é o fato de ela ter sido dispensada de fazer um teste psicológico, chamado de Rorschach, conhecido popularmente como teste do borrão de tinta.
O teste tinha sido uma exigência da 2ª Vara de Execuções Penais de Taubaté (SP). Porém, após a defesa da condenada recorrer, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) dispensou sua realização.
A progressão de regime foi concedida pela juíza Márcia Domingues de Castro. Na progressão anterior, durante a realização de testes, Anna Carolina afirmou que era inocente e disse desejar que a verdade sobre o caso aparecesse.
Enquanto esteve presa, ela trabalhou como costureira, o que ajudou a reduzir o período da pena. Anna Carolina Jatobá estava na Penitenciária Feminina de Tremembé (SP). Fora da prisão, ela precisará cumprir algumas obrigações, como se recolher no período da noite em local indicado pela Justiça.