Um narcotraficante ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e dono de 38 clínicas odontológicas em São Paulo denunciou sofrer com dor de dente na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. As informações foram reveladas pela reportagem do UOL nesta quarta-feira (14).
Um dos criminosos mais procurados pela polícia brasileira foi preso em 5 de setembro em Poá, na Grande São Paulo. Ele chegou a ter o nome incluído na transmissão vermelha da Interpol e foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias por tráfico internacional de drogas.
Em dezembro do ano passado, os advogados do preso enviaram um ofício à Justiça informando que o cliente precisava de cuidados odontológicos, mas que não podia ser atendido por causa de uma “fila de meses de espera”. Segundo os defensores, ele está com cáries nos dentes e sente dores.
À reportagem do UOL, a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária disse que o preso é assistido pela equipe de saúde desde que ingressou na unidade. A pasta alega ainda que foi receitada pelo médico todos os remédios necessários para o tratamento e que ele monitorado pela enfermagem.
Patrimônio foi avaliado em R$ 130 milhões
Investigações iniciadas em 2020 apontaram que ele abriu 38 clínicas odontológicas e um hospital em São Paulo. Além disso, ele foi acusado de ter adquirido 15 casas de alto padrão em Arujá, na Grande São Paulo, e de ter montado um minizoológico na cidade vizinha de Santa Isabel — inspirado no megatraficante colombiano Pablo Escobar. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o patrimônio foi avaliado em R$ 130 milhões.
A defesa do preso afirmaram à reportagem do UOL que ele não foi integrante do PCC ou de qualquer outra organização criminosa e que é inocente.