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Homem acorda do coma e pede namorada em casamento; cerimônia foi realizada em hospital de Porto Alegre

Douglas Gomes Lara, de 41 anos, levou quatro tiros em uma tentativa de assalto em abril deste ano; caminhoneiro ficou 15 dias desacordado

Casal planeja se casar no civil assim que Douglas tiver alta

O caminhoneiro Douglas Gomes Lara, de 41 anos, e a bancária Alessandra Sasso dos Santos, de 30 anos, se casaram após Douglas acordar de um coma na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Divina Providência, em Porto Alegre. A cerimônia foi realizada na unidade de saúde, na última terça-feira (6).

No dia 22 de abril o caminhoneiro levou quatro tiros em uma tentativa de assalto. Ele foi levado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) e passou por uma cirurgia. Douglas perdeu um rim e precisou ficar 15 dias em coma induzido após o procedimento.

Durante o período complicado, Alessandra ficou ao lado do companheiro o tempo todo. Ela o visitava todos os dias, independentemente se ele estava acordado ou não. A bancária chegou a pedir uma licença no trabalho para conseguir se dedicar ao marido.

Quando Douglas acordou, Alessandra disse para ele que não queria mais morar em Porto Alegre por causa da violência. Segundo o caminhoneiro, ela acreditava que ele não iria acompanhá-la de volta ao interior, de onde havia saído com a filha de 12 anos há alguns anos em busca de uma vida melhor. “Eu disse para ela que já estávamos juntos e que ela era minha mulher. Ela esteve comigo nas horas boas e nas horas ruins e para provar isso, eu a pediria em casamento. Aí eu pedi”, disse ao G1.

O casamento

Alessandra conta que o marido não conseguia falar direito devido a uma traqueostomia. Mas, segundo Douglas, não havia tempo a perder. Ele iria pedi-la em casamento em qualquer estado. Em maio, o caminhoneiro foi transferido para o Hospital Divina Providência. Com a ajuda de uma enfermeira que se identificou com a história do casal, os dois conseguiram se casar na unidade.

A cerimônia, organizada pela equipe do hospital, teve tudo a que um casamento tradicional tem direito: bolo, decoração, espumante sem álcool e alianças. A celebração foi realizada por um funcionário do local. “Eu fiquei muito emocionado e muito grato pelo que fizeram pela gente. Eu não poderia ter uma comemoração mais emocionante do que essa”, declarou o caminhoneiro.

Familiares e amigos do casal não puderam comparecer devido ao sistema de controle do hospital, mas os funcionários garantiram a festa.

Douglas ainda não tem previsão para sair do hospital. Ele ainda precisa de uma cirurgia no braço. Mas assim que o caminhoneiro estiver completamente recuperado, o objetivo é oficializar o casamento no civil.

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