Ouvindo...

Influencer Kat Torres tem pedido de liberdade negado pelo STJ e segue presa

Modelo é suspeita de tráfico de pessoas para exploração sexual e promoção de condições análogas à escravidão

Kat Torres é suspeita de tráfico de pessoas para exploração sexual e promoção de condições análogas à escravidão

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de liberdade solicitado pela influenciadora Kat Torres, suspeita de tráfico de pessoas para exploração sexual nos Estados Unidos e manter pessoas em condições análogas à escravidão.

O pedido de habeas corpus foi solicitado por Rodrigo Alves da Silva Menezes, advogado de Katiuscia Torres Soares, que recorreu ao STJ após ter outro pedido negado pela Justiça Federal. O advogado alegou que a 10ª Vara Criminal Federal não possui competência para julgar o caso

Em decisão publicada na segunda-feira (24), o ministro Rogério Schietti Cruz afirmou que não vê motivos para que o Supremo Tribunal de Justiça interfira no processo neste momento. “Não compete a este Superior Tribunal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão denegatória de liminar, por desembargador, antes de prévio pronunciamento do órgão colegiado de segundo grau”.

Relembre o caso

Famílias de duas jovens brasileiras acusaram a influenciadora Kat Torres de participar de um esquema de tráfico humano e prostituição nos Estados Unidos. Dessirê Freitas e Letícia Almeida estavam nos EUA trabalhando como au pair (uma espécie de governanta) quando os familiares começaram a perceber algumas situações estranhas.

Pouco depois das denúncias, as duas jovens apontadas como vítimas fizeram uma publicação no Instagram defendendo Kat. Nos vídeos, elas afirmaram que tudo não passava de uma invenção e que as pessoas tinham “inveja delas por serem loiras e inteligentes”. Em alguns momentos, era possível ouvir a voz de Kat no fundo orientando as meninas sobre o que falar.

No início de novembro, as três foram presas pela polícia americana, mas Kat Torres pagou a fiança e foi encaminhada para uma patrulha de imigração nos Estados Unidos. A Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra Kat no fim de novembro e ela foi presa no dia 18, logo após chegar em um avião de deportados enviado dos EUA para Belo Horizonte.

No dia 23 de março, Kat Torres foi transferida, por ordem da Justiça, para o Complexo Penitenciário Santo Expedito, em Bangu, no Rio de Janeiro, onde segue recolhida.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.