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Shein anuncia parceria com fabricantes mineiras para a exportação de produtos

Coteminas e Santanense vão exportar “produtos para o lar”, segundo memorando divulgado pela controladora; Shein deve nacionalizar 85% das vendas no país até 2026

Shein se comprometeu a nacionalizar até 85% das suas vendas até 2026

A empresa chinesa Shein anunciou, na noite de quinta-feira (20), um acordo com duas empresas têxteis mineiras, Coteminas e Santanense, para a produção e exportação de itens. A parceria foi anunciada horas após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmar que a gigante asiática vai nacionalizar até 85% das vendas no Brasil em até quatro anos.

Segundo o fato relevante divulgado pela Springs Global, multinacional que controla as duas empresas mineiras, o memorando assinado em conjunto com a Shein determina que a empresa chinesa vai financiar o “reforço de capital de trabalho” da Coteminas e Santanense.

Além de produtos têxteis, que são a especialidade das duas fabricantes, o contrato cita a “exportação de produtos para o lar” e a intenção de que os 2 mil confeccionistas das duas empresas brasileiras se tornem fornecedores da Shein para auxiliar no atendimento do mercado local e regional.

Empresas mineiras

A Santanense foi fundada em outubro de 1891 no Arraial de Sant’ana de São João Acima (atual Itaúna). A empresa afirma ter contribuído com os rumos da moda “desde a Semana da Arte Moderna até o movimento hippie”.

Em 2004, a empresa passou a fazer parte da Coteminas, multinacional mineira fundada em 1967 que possui fábricas no Brasil, Estados Unidos, Canadá e Argentina. A Coteminas detém as operações de marcas como Artex, Santista e MMartan no Brasil.

Haddad anuncia parceria com Shein

Também na quinta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou ter recebido uma carta em que a Shein se compromete a nacionalizar 85% das vendas com produtos feitos no país. A ideia da empresa asiática é realizar parcerias com 2 mil fábricas brasileiras e investir, pelo menos, R$ 750 milhões em tecnologia e treinamento. A expectativa é que o acordo gere 100 mil novos empregos no país.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.