Operadora é suspeita de fazer parceria com facção para monopolizar internet em comunidades do RJ

Polícia afirma que Comando Vermelho estaria ameaçando técnicos de empresas concorrentes e cortando a fiação; esquema reúne 10 mil clientes e fatura R$ 1 milhão por mês

Polícia afirma que parceria entre tráfico e operadora gera faturamento mensal de R$ 1 milhão

A Polícia Civil investiga uma operadora de telefonia e internet do Rio de Janeiro, suspeita de se aliar ao Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Brasil. O objetivo da parceria seria monopolizar o fornecimento de internet em comunidades da capital carioca.

Nesta quinta-feira (13), foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão contra ps envolvidos no esquema. Segundo o delegado João Valentim, a operadora fez um acordo com os criminosos para impedir que outras empresas oferecem seus serviços para os moradores de pelo menos duas comunidades do Jacarepaguá, na zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Essa facção se associou ao sócio-proprietário do provedor de internet e eles vêm criando um monopólio nessas regioes, vandalizando equipamentos de outras operadoras e impedindo a livre escolha da população por fornecedores de internet.”

Segundo as investigações, os técnicos de empresas concorrentes chegaram a ser expulsos das comunidades e ameaçados com armas de fogo pelos traficantes. Os criminosos também teriam cortado cabos e queimado equipamentos de outras empresas. A Polícia Civil acredita que o esquema reúna mais de 10 mil clientes e fature R$ 1 milhão por mês.

Apesar de nenhum mandado de prisão ter sido emitido, o sócio-proprietário da operadora de internet envolvida no esquema foi preso após os policiais encontrarem uma arma sem registro na sua casa, na Barra da Tijuca.

A ação realiza nesta quinta é um desdobramento de uma operação que prendeu duas pessoas no dia 5 de abril. As investigações seguem sendo realizadas pela Polícia Civil.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.

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