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Ginecologistas alertam para a importância do diagnóstico precoce do câncer do colo de útero

Causada pelo vírus do HPV, doença pode ser prevenida com com o uso de preservativos masculino e feminino

Dr. Eduardo Cândido alerta para a importância do diagnóstico precoce

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) alerta que, no Brasil, uma em cada dez mulheres sofre com a endometriose e cerca de 15 mil mulheres receberão o diagnóstico de câncer de colo de útero em 2023, segundo dados do Ministério da Saúde.

Para os médicos especialistas Adriana Lucena e Eduardo Cândido, esses números são um alerta para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado das doenças. Por ser complexa e apresentar sintomas variados, a endometriose deve ser cogitada quando da presença de fortes dores na região pélvica, bem como desconforto nas relações sexuais.

Com o diagnóstico precoce, é possível reduzir os efeitos da doença que pode ser progressiva e comprometer a qualidade de vida das pacientes. Com origem multifatorial, a doença é um distúrbio que promove o desenvolvimento anormal do tecido endometrial – camada interna do útero – em outras partes do corpo como ovários, tecido que reveste a parte interna do abdome, chamado peritônio e até mesmo, intestinos e bexiga. O tratamento consiste no acompanhamento médico adequado, pela utilização de terapias medicamentosas e cirurgia, a depender do estágio da doença e das características da paciente.

O médico Eduardo Cândido alerta que até 30% das mulheres que chegam ao consultório com queixas de dor crônica na região pélvica podem ter a doença e 50% das pacientes com endometriose, também podem estar inférteis: “o diagnóstico precoce e o correto acompanhamento e tratamento por uma equipe especializada e multiprofissional, podem trazer melhoria da qualidade de vida para a paciente. Até para aquelas que desejam engravidar, é possível avaliar condições terapêuticas a fim de que se aumentem as chances de uma possível gestação”.

Câncer causado por HPV ocupa a terceira posição

O câncer de colo de útero é uma doença silenciosa, causada por alguns tipos de Papilomavírus Humano - HPV. Esse tipo de câncer ocupa a terceira posição entre os mais frequentes em países de média renda como o Brasil, apesar de poder ser prevenido por práticas sexuais seguras, com o uso de métodos de barreira, como os preservativos masculino e feminino, acompanhamento com o ginecologista para realização do exame preventivo e, mais recentemente, pela vacina contra o HPV. Quando em estágios mais avançados, o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Segundo a médica Adriana Lucena, a taxa de cura da doença pode chegar a 95% desde que se tenha um diagnóstico na fase inicial: “a vacinação é a melhor forma de prevenção e até erradicação desta doença! Além disso, é muito importante ir ao ginecologista periodicamente e fazer o exame citopatológicos, popularmente conhecido como Papanicolau”.

Conforme calendário do Ministério da Saúde, meninos e meninas de 9 a 14 anos podem tomar a vacina contra HPV na rede pública de saúde. Mulheres adultas, apesar de não incluídas no Programa Nacional de Imunização (PNI), podem receber a vacina até os 45 anos de idade.


IX Colpominas

Entre as ações previstas para o março lilás e amarelo, a Sogimig apoia a 9ª Jornada de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, que será promovida nos dias 24 e 25 de março, no Centro de Convenções e Eventos da Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Para mais informações, acesse www.abmeducacaopermanente.org.br.

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